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Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 16h21.
São Paulo - O Ministério Público de São Paulo (MP) lançou hoje (25) duas peças publicitárias sobre o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID).
Os filmes serão veiculados em dez estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A campanha, focada especialmente na localização de crianças, contará ainda com a fixação de cartazes em 92 estações de trem.
A ação marca o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas. Entre 2011 e 2015, foram registrados, no estado de São Paulo, 1.701 desaparecimentos de crianças de até 12 anos.
Segundo a coordenadora do PLID, a promotora Eliana Vendramini, o material vai ajudar na conscientização da população sobre o tema.
“A ideia é fazer com que as pessoas entendam que isso existe, porque muita gente acredita que isso é uma lenda urbana, e participem da forma que puderem na busca por essas crianças”, disse ao destacar a importância das denúncias anônimas para a solução dos casos.
O PLID foi idealizado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e implantado pelo MP-SP em novembro de 2013.
Na ocasião, o órgão paulista criou um canal para divulgação desses casos. Atualmente, o MP recebe denúncias e informações até pelo Facebook.
De acordo com Eliana, desde a implantação, o programa já conseguiu diversos avanços no aperfeiçoamento da busca por desaparecidos.
Uma das principais conquistas foi a resolução da Polícia Civil de abrir inquérito sempre que houver notificação do desaparecimento de uma criança ou deficiente mental. Normalmente, a investigação só é aberta quando há indício de prática de crime.
A pedido do MP, a Polícia Civil também descentralizou os inquéritos sobre desaparecidos, que antes eram feitos somente pela Delegacia Especializada na capital.
“Não tem cabimento investigar desaparecimentos do estado inteiro através de São Paulo”, enfatizou a promotora.
Atualmente, está sendo montado um banco de dados para centralizar as informações de todos os órgãos que possam ajudar na localização dessas pessoas.
“A gente acredita que só quando todos os órgãos dialogarem dentro de um banco único, que cadastre o desaparecido. Assim, vamos achar com mais facilidade”, destacou Eliana.
O sistema pretende juntar as informações da polícia, do Sistema Único de Saúde, do Instituto Médico Legal, do Sistema de Verificação de Óbitos e do Ministério Público.