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Marketing de influência cai, mas há espaço para um tipo de influenciador

Estudo da SocialBakers mostra como os micro e nanos influenciadores ganham relevância na estratégia de marketing das marcas

Influenciadores digitais: marcas revem parcerias  (Rohappy/Thinkstock)

Influenciadores digitais: marcas revem parcerias (Rohappy/Thinkstock)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 1 de julho de 2020 às 11h41.

A plataforma de marketing em redes sociais Socialbakers realizou um estudo que mostra como a pandemia do novo coronavírus afeta os influenciadores digitais.

Entre as principais descobertas, está a diminuição no conteúdo patrocinado, mas ao mesmo tempo, melhor desempenho para influenciadores de nicho.

Os dados também mostram que, apesar do impacto econômico da pandemia, o marketing de influência pode ser ainda mais prevalente nos próximos meses, à medida que as marcas buscam formas mais eficazes e autênticas de se conectar com seu público.

"Apesar do impacto econômico, as marcas ainda estão investindo no marketing de influenciadores para atingir seu público-alvo, mas com uma abordagem distinta", diz Alexandra Avelar, gerente geral da Socialbakers no Brasil. “Nano e micro influenciadores agora trazem alto impacto sem o grande preço dos macro e mega influenciadores”.

Pesquisa

Em abril de 2020, o número de influenciadores do Instagram que colaboraram com as marcas que usaram #ad, para sinalizar anúncios publicitários, diminuiu 30% em relação a abril de 2019. Ao mesmo tempo, o número de marcas no Instagram que colaboraram com influenciadores em abril de 2020 caiu 37% em relação a abril de 2019. A eficiência do marketing de influenciadores também diminui, em 41%, no mesmo período analisado.

Saúde, finanças, telecom e acomodações foram os setores mais eficientes no marketing com influenciadores, sendo que as marcas pequenas se saíram melhor.

Além disso,  nos últimos 16 meses, cerca de 40% de todas as parcerias foram realizadas com micro influenciadores. A segunda maior participação, que começou a crescer novamente em 2020, foram os micro influenciadores com menos de 10.000 seguidores. Por outro lado, os mega influenciadores estavam envolvidos na menor quantidade de parcerias de marca, de 1 a 3%.

Em abril de 2020, 33,3% de todos os influenciadores do Instagram que colaboraram com as marcas eram nano influenciadores e 31,9% de todas as postagens #ad vieram de nano influenciadores. Essa é a maior porcentagem desde junho de 2019. E, de todas as parcerias analisadas pela Socialbakers, quase 94% eram micro influenciadores com menos de 100.000 seguidores.

“Os dados indicam que o público tem procurado e se envolvido com conteúdo mais relacionável e da vida real, em vez de postagens aspiracionais e bem cuidadas - talvez porque elas oferecem a sensação de que 'estamos todos juntos nisso'”, afirma Yuval Ben-Itzhak, presidente da Socialbakers.

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