Comércio: Consumidores observam alto-falantes em loja da Casas Bahia em São Paulo (REUTERS/Nacho Doce)
Guilherme Dearo
Publicado em 23 de outubro de 2014 às 12h30.
São Paulo - Os consumidores estão cada vez mais "infiéis" na hora de comprar.
Essa é uma das conclusões do novo estudo da CVA Solutions, que pesquisou a força da marca e o valor percebido na percepção dos consumidores.
A pesquisa foi feita com 7.705 pessoas em agosto desse ano em todas as regiões do Brasil. 63 lojas do varejo foram citadas no total.
Segundo a pesquisa, por mais que eles visitem as lojas físicas de eletrônicos e eletrodomésticos, dificilmente eles são "fisgados". No fim, compram pela internet depois de pesquisar o menor preço.
O fenômeno é chamado de “show rooming” e já foi utilizado por 76% dos consumidores. Ou seja, o consumidor visita uma loja física, conhece o produto, mas antes de comprar pesquisa preços na internet.
Esse comportamento influencia na percepção das marcas pelos compradores.
A líder da Força de Marca é a Lojas Americanas, seguida das Casas Bahia. Nesse quesito, se beneficiam as empresas maiores, com mais presença no Brasil.
Em Valor Percebido a liderança é da Lojas Cem, seguida por Big e Pernambucanas. Aqui as empresas menores entram com mais força na competição, já que podem ser mais regionais, mas apresentam boa relação custo-benefício.
Desafios
Para Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions, o varejo precisa investir em tratamento diferenciado para evitar a infidelidade dos clientes. Ele conta uma história para inspirar as marcas brasileiras:
"Recentemente, visitei a loja da Apple em Nova York e lá fui atendido por somente uma pessoa, da abordagem inicial ao pagamento final. O mesmo vendedor me explicou sobre os produtos, me convenceu a comprar, foi até o estoque pegar o produto, passou o cartão de crédito no caixa e ainda me entregou a sacola", conta.
"Isso fisga o consumidor. Há uma atenção especial. Quando há váriar pessoas nesse processo - uma pra abordar, outra pra buscar a caixa, outra para fazer o pagamento etc - o cliente pode fugir. Usa do velho 'vou dar uma olhada em outros lugares e qualquer coisa eu volto'. Mas ele não volta", explica Cimatti.
Já para o fenômeno crescente e inevitável das compras online, Cimatti sugere o básico: que as lojas melhorem os seus sites, deixando-os mais claros e com os dados técnicos dos produtos bem escritos, para facilitar a pesquisa e a comparação.
Força da marca
Na pesquisa, essas foram as marcas mais bem avaliadas, onde podiam ser citadas como "as melhores" e tinham índices de atração e rejeição por parte dos compradores.
A conta é a atração menos a rejeição perante clientes e não clientes. Essas são as 10 mais fortes:
1 | Lojas Americanas |
---|---|
2 | Casas Bahia |
3 | Magazine Luiza |
4 | Fast Shop |
5 | Extra |
6 | Walmart |
7 | Ponto Frio |
8 | Carrefour |
9 | Bemol |
10 | Fnac |
Valor Percebido
O Valor Percebido é o custo-benefício percebido no mercado. Os 10 mais bem cotados:
1 | Lojas Cem |
---|---|
2 | Big |
3 | Pernambucanas |
4 | Bemol |
5 | Colombo |
6 | Casas Bahia |
7 | Ricardo Eletro |
8 | Eletro Shopping |
9 | Fast Shop |
10 | Magazine Luiza |
Os preferidos online
A pesquisa levantou que 65% das pessoas já compraram eletrônicos ou eletrodomésticos pela internet.
Esses são os sites mais populares:
1 | Lojas Americanas |
---|---|
2 | Submarino |
3 | Walmart |
4 | Extra |
5 | Casas Bahia |
6 | Shoptime |
7 | Magazine Luiza |
8 | Ponto Frio |
9 | Ricardo Eletro |
10 | Compra Fácil |