Capa do disco do Pink Floyd, Dark Side of the Moon (1973) (Divulgação/Pink Floyd/Reprodução)
Guilherme Dearo
Publicado em 18 de outubro de 2017 às 15h39.
Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 11h34.
São Paulo - O físico e astrônomo inglês Isaac Newton, em 1666, fez um experimento bem simples que demonstrou a decomposição da luz. A luz do Sol atravessando um prisma cristalino, totalmente polido, saía em ângulos diferentes do outro lado decomposta, separada em cores de diferentes espectros visíveis ao olho humano.
O experimento, tão popular na história da ciência, ficou ainda mais popular séculos mais tarde, com a capa do disco "The Dark Side of the Moon", da banda inglesa Pink Floyd. Músicas do álbum ou arte da capa: difícil decidir quem é mais icônico na história do rock.
Mas tem gente que não entende muito bem essas referências, seja física ou rock.
Em recentes posts no Facebook, a Polenghi, do queijo Polenguinho, colocou seu produto ilustrando capas de discos famosos. Além de aparecer como estrela do disco do Pink Floyd, também apareceu atravessando a rua em "Abbey Road", remetendo aos Beatles.
A ação falava de música. Mas alguns consumidores, vendo imediatamente o arco-íris presente na imagem, consideraram que a campanha era pró-LGBTs.
E não demoraram a começar a xingar a marca, destilando discursos homofóbicos. Segundo um dos consumidores "indignados", a marca estava fazendo "ideologia de gênero". Ele diz, ainda, que não compraria mais o produto para sua família.
Outros consumidores, pacientes e bem humorados, tiveram que explicar que a campanha falava de Pink Floyd, não de questões LGBT.
A marca também se manifestou. Disse que, embora a campanha não falasse sobre o tema, ela prezava pelo respeito à causa LGBT, pela paz e pelo respeito.
"Disclaimer: Nossa equipe criativa teve como inspiração a capa do álbum The Dark Side of The Moon, da banda Pink Floyd, para “brincar” com o conceito de fominha, tão utilizado quando o assunto é Polenguinho. Prezamos pela paz, pelo respeito e pela igualdade em nossa comunidade aqui. Embora não tenhamos feito alusão ao movimento LGBT+, temos máximo respeito pela causa. Contamos com todos que adoram o queijinho mais querido do Brasil desde mil novecentos e bolinha para fomentar uma comunicação afetuosa e fluída por aqui! Obrigado", a marca escreveu.