Americanas unifica Submarino e Shoptime sob sua plataforma principal (Reprodução/Americanas)
Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 2 de julho de 2024 às 14h54.
Última atualização em 2 de julho de 2024 às 15h11.
A Americanas decidiu unificar suas marcas de comércio eletrônico em meio à crise desencadeada pela revelação de um esquema de fraude contábil que causou um rombo de R$ 25 bilhões. A partir desta terça-feira, 2, Shoptime e Submarino deixarão de existir como marcas independentes e passarão a funcionar dentro do aplicativo e site da Americanas.
Em nota à EXAME, a empresa informa que a integração dos sites e aplicativos de Shoptime e Submarino tem como objetivo "fortalecer o digital". "A decisão contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente para oferecer uma experiência de compra ainda mais completa", diz.
A companhia ainda ressalta que a decisão visa acelerar seu plano de transformação e foco, oferecendo novas possibilidades para clientes, parceiros, fornecedores, acionistas e investidores.
Tanto Submarino quanto Shoptime possuem décadas de história e integravam o mesmo grupo desde meados dos anos 2000. Conhecida como uma das pioneiras no conceito de 'home shopping', a Shoptime ganhou destaque por seus comerciais televisivos e foi adquirida em 2005 pela Americanas.
Por sua vez, a Submarino, criada em 1999 como uma das primeiras empresas de e-commerce no Brasil, passou a fazer parte do grupo em 2006. A partir de agora, ambas as marcas serão encerradas e integradas ao aplicativo da Americanas.
Os clientes começaram a ser informados por e-mail sobre as mudanças nesta terça. Páginas dedicadas para facilitar a transição das duas lojas foram lançadas para oferecer respostas sobre dúvidas relacionadas a pedidos, garantias, vale-compras e outros temas.
A Americanas entrou em recuperação judicial em 2023, após a revelação de um rombo bilionário nos balanços financeiros. Na ocasião, a Americanas demitiu cinco diretores e divulgou um relatório preliminar apontou que as demonstrações financeiras vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior.
O caso, que está sendo investigado pela Polícia Federal, resultou na prisão do ex-CEO das Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, na última sexta-feira, 28. Ele foi soltono dia seguinte em Madrid, na Espanha. A prisão ocorreu como parte da Operação Disclosure, realizada pela PF em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF) na quinta-feira, 27.