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Fashion Rio vai abolir a edição de inverno

A moda da estação fria ficará concentrada em São Paulo e na feira Fashion Business, que vai receber 20 mil lojistas e 70 mil visitantes até o dia 13, no Jockey Club

A concorrência interna não é o único desafio que o setor de moda enfrentará este ano (Arquivo/ Contigo)

A concorrência interna não é o único desafio que o setor de moda enfrentará este ano (Arquivo/ Contigo)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 10h57.

Rio - O calendário 2012 da moda começa com o anúncio do fim da edição de inverno do Fashion Rio. A previsão, do próprio criador do evento, Paulo Borges, segue a lógica do rei morto, rei posto. O empresário planeja substituí-la por uma de alto-verão, em agosto. A lucrativa edição de verão seria mantida em junho (apenas este ano será em maio). Já as coleções de inverno seriam apresentadas somente em São Paulo, provavelmente a partir de 2014. Historicamente menos rentável, a temporada fria se arma na trincheira de outro grande evento da semana da moda carioca: a feira de negócios Senac Rio Fashion Business, que começa nesta segunda-feira.

Eloysa Simão espera que a 19ª edição da SRFB, que conta com o patrocínio do Sebrae, prefeitura e governo do estado, aumente as vendas em 10%. Um número que considera excelente, mesmo diante dos 40% do ano anterior. Em cifras, as coleções de verão vistas ano passado somaram R$ 760 milhões, cerca de 35% a 50% do volume de venda do atacado das coleções das grifes participantes. "Em 2011, a expectativa era de um crescimento de 10% também, no entanto, o aumento foi de 40%, uma surpresa maravilhosa", comemora a empresária. A SRFB vai ocupar 30 mil metros quadrados do novo endereço, o Jockey Club, na Gávea, bairro da Zona Sul, onde 300 grifes (50 a mais que a última temporada) deverão atrair 20 mil lojistas e 70 mil visitantes até o dia 13.

Esse aumento de vendas está ancorado nas vendas para o mercado interno. Há um ano, diz Eloysa, o comprador estrangeiro não está na mira do SRFB. "O volume de vendas era pequeno, pois nosso produto em dólar fica caro, o que nos torna pouco competitivos", justifica. Foco mesmo está no mercado nacional", diz a empresária. A feira, que custou R$ 16 milhões, convidou mil lojistas considerados Vips. Aqueles capazes de gastar entre R$ 500 mil a R$ 1 milhão para abastecer suas araras – e, por isso, ganham passagens e hospedagem da organização. Este ano, os 15 desfiles, como as marcas Patricia Viera, Santa Ephigenia e Victor Dzenk, se realizarão em tendas no Jockey e em alguns pontos turísticos da cidade.

Eventos paralelos - Paralelamente, estão programados eventos de arte, gastronomia, negócios e moda sob o tema “Verdejante”. O programa da Fecomércio-RJ voltado para o fomento de micro e pequenas empresas fluminenses, os Núcleos Criativos, também participarão desta edição com 15 núcleos, representando 76 expositores. A exposição “Sentimentos do Rio”, do artista plástico Cocco Barçante, no lounge da obra social Rio Solidário, traz 20 painéis executados por bordadeiras em homenagem à cidade.

Já a exposição organizada pela Globo Rio, apoiadora do evento, apresenta figurinos de novela que influenciaram a moda de rua no país nos últimos tempos. “Nosso objetivo é mostrar como a novela interfere no consumo de moda e como a televisão é hoje um grande formador de opinião e disseminador de hábitos na sociedade”, explica Eloysa Simão.

A jornalista Cristina Franco deixa sua Salvador para ser a curadora do espaço Mãos, que homenageia a Semana de Arte Moderna de 22, que completa 90 anos em fevereiro, e reúne criações de artesãos brasileiros. Para completar o cardápio de atrações, haverá um fórum de lojistas, que discutirá perspectivas e tendências do setor - como a sustentabilidade e o consumo consciente -; e o Tech Espaço - Loja (destinado a inovações tecnológicas para a indústria de moda) explorará soluções de arquitetura de espaços comerciais.

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