Marketing

Estudo global traça perfil de quem faz compras online

Nova pesquisa da Nielsen em 60 países mostra que latinos pesquisam mais produtos online, mas são os asiáticos quem mais compram


	E-commerce: pesquisa da Nielsen mostra quem mais pesquisa e quem mais compra
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

E-commerce: pesquisa da Nielsen mostra quem mais pesquisa e quem mais compra (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 13h34.

São Paulo - No mundo, quem mais pesquisa por aquele sonho de consumo em alguma loja online? E quem mais compra, de fato, tal sonho?

A nova Pesquisa Global de E-Commerce da Nielsen responde a essas perguntas.

A companhia entrevistou mais de 30 mil usuários em 60 países para analisar o comportamento deles em lojas online e suas intenções de compra.

Desde 2011, a porcentagem de usuários interessados em comprar algo pela internet mais que dobrou - incluindo diversos tipos de produto, como e-books, ingressos para eventos, bens duráveis, brinquedos, material esportivo e até produtos consumíveis.

Nos próximos seis meses, 46% disse que pretendia comprar roupas pela internet, 48% passagens de avião e 44% reservas em hotel, por exemplo.

"Consumidores de todo lugar querem um bom produto por um bom preço, e o ambiente virtual sem limites cria todas essas oportunidades, tanto para os fabricantes quanto para os consumidores", disse John Burbank, da Nielsen.

E-commerce entre os emergentes

O estudo da Nielsen concluiu que a busca por produtos em lojas online é maior nas grandes economias da América Latina e na região da Ásia-Pacífico.

Ambas as regiões ultrapassam a média global de busca em todas as 22 categorias de produtos listadas.

Na América Latina, os consumidores são os que mais pesquisam online. Contudo, não convertem toda essa busca em compra. São os consumidores asiáticos quem mais compram.

Segundo Burbank, há barreiras na América Latina, apesar do entusiasmo dos usuários: "Há barreiras por conta do acesso à internet precário, muitos impostos e taxas, alto custo para entregar o produto na região e problemas de logística".

Ver x Comprar

Segundo o estudo, bens de consumo não duráveis tem uma menor taxa de pesquisa e compra que os bens duráveis.

Mas, entre aqueles que procuram por bens consumíveis, a taxa de compra é quase a mesma.

Por exemplo: 33% pesquisam cosméticos na internet; 31% acabaram comprando, de fato. Ou: 24% pesquisam produtos para animais domésticos; e 21% acavam comprando depois.

Já a diferença entre ver/comprar entre bens duráveis (aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos) é bem maior: em média, a taxa de compra é 7% menor.

Por outro lado, produtos como celulares, computadores e videogames são os mais pesquisados e desejados entre todas os tipos de produtos.

Plataformas

Em todas as regiões, os computadores são as plataformas preferidas dos consumidores para pesquisar e comprar produtos na internet.

Mas, no Oriente Médio e África, o smartphone é uma segunda opção poderosa, com 55% afirmando que também o utiliza - 11 pontos acima da média global, de 44%

Na Ásia, 52% disse que usa o celular para comprar, enquanto na América Latina essa taxa é de 48%. Na Europa, é bem menor: 33%.

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