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Estouro de pneus na F1 é desastre para Pirelli

A Pirelli sofreu o revés de patrocinar a Fórmula 1 nesta segunda-feira, quando imagens de pneus em pedaços apareceram em milhões de televisores de todo mundo

A Pirelli, quinta maior fabricante mundial de pneus, é a única fornecedora da Fórmula 1 desde 2011, sob um contrato que vence no final desta temporada (REUTERS/Nigel Roddis/Files)

A Pirelli, quinta maior fabricante mundial de pneus, é a única fornecedora da Fórmula 1 desde 2011, sob um contrato que vence no final desta temporada (REUTERS/Nigel Roddis/Files)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 16h14.

Londres - "Leve a performance da F1 para seu carro", diz o slogan no site da fabricante italiana de pneus Pirelli. A frase corre agora o risco de alarmar os motoristas depois de uma semana de estouros de pneus em alta velocidade no Grande Prêmio da Inglaterra.

A Pirelli, que fornece os pneus para todas as 11 equipes da Fórmula 1, sofreu o revés de patrocinar a categoria nesta segunda-feira, quando imagens de pneus em pedaços apareceram em milhões de televisores de todo mundo.

"Pneus do terror", era a manchete na contracapa do jornal britânico Daily Mail, enquanto o Times escreveu "Estrada para o inferno quando caos nos pneus quase suspende grande prêmio".

O episódio lembrou a catástrofe de relações públicas que atingiu no ano passado a companhia britânica G4S, quando ela não conseguiu fornecer todos os guardas de segurança necessários para a Olimpíada de Londres, forçando os organizadores a recrutar soldados e expondo a empresa ao ridículo.

Os especialistas em esporte a motor da Pirelli corriam para descobrir o que provocou os cinco problemas com pneus durante o Grande Prêmio da Inglaterra em Silverstone. Buscavam saber se o problema era com o produto deles ou se a culpa era da pista.

Temendo por sua segurança, os pilotos levantaram a possibilidade de boicotar o Grande Prêmio da Alemanha, no fim de semana que vem, caso mudanças não sejam feitas. O último brasileiro a morrer em uma corrida da categoria foi o brasileiro Ayrton Senna, em 1994.

As complicadas regras da Fórmula 1, a política interna e a rivalidade entre as equipes complicaram os esforços da Pirelli para fazer bons pneus de corrida nesta temporada, mas essas sutilezas foram deixadas de lado pela maioria dos espectadores.

"Muitas dessas coisas estão além do controle deles", disse Joel Seymour-Hyde, da agência de marketing esportivo Octagon.

"No fim das contas, seu produto é um pneu. Ele equipa um carro veloz e falhou espetacularmente", acrescentou.

O Grande Prêmio da Inglaterra é a oitava prova das 19 etapas da F1 nesta temporada. Em nenhuma outra corrida o estouro de pneus foi um problema.


Os pneus da Pirelli estiveram no centro da controvérsia desde o início da temporada, com os pilotos reclamando que têm de diminuir sua velocidade para impedir que eles comecem a se desgastar com somente algumas voltas de uso.

Uma das possíveis soluções seria retomar os compostos usados no ano passado, como sugeriu a Red Bull, equipe atual campeão da categoria.

A Pirelli, quinta maior fabricante mundial de pneus, é a única fornecedora da Fórmula 1 desde 2011, sob um contrato que vence no final desta temporada.

As 11 equipes pagam à Pirelli pelo uso dos pneus e também levam a marca da empresa nos seus carros. Elas reclamam que a propaganda que fazem para a empresa supera em muito o custo dos pneus.

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