Loja da Louis Vuitton em Hong Kong: US$ 47,2 bilhões em valor de marca. (Budrul Chukrut/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de julho de 2019 às 06h45.
Última atualização em 9 de julho de 2019 às 06h45.
São Paulo - A francesa Louis Vuitton é a marca de luxo mais valiosa do mundo pelo 14º ano consecutivo, segundo o ranking BrandZ, divulgado neste mês pela WPP e pela Kantar. Seu valor de marca aumentou 15% para US$ 47,2 bilhões no ano passado. Ela é seguida por outras duas conterrâneas: Chanel, com valor de marca de US$ 37 bilhões e Hermès, com US$ 31 bilhões.
A categoria de luxo tem sustentado um crescimento "excepcional", destaca o estudo, apesar da tensão contínua entre o tradicional apelo de exclusividade e o imperativo contemporâneo da acessibilidade — que se traduz no amplo alcance das mídias sociais.
“Embora o número de pessoas capazes de comprar produtos de luxo permaneça limitado, a mídia social está expandindo a oportunidade para que mais pessoas apreciem marcas de luxo à medida que se tornam mais relacionáveis, ajustando o engajamento de mídia social e inovando nas lojas físicas”, avalia Elspeth Cheung, Diretora Global da Global BrandZ Valuations na Kantar.
A rainha do ranking, Louis Vuitton, possui mais de 30 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram:
Em um primeiro momento, pode soar contraintuitivo para uma marca de luxo expandir sua presença online para atingir um maior número de consumidores. Historicamente, sempre prevaleceu a crença de que os produtos de luxo são "exclusivos" e "limitados", algo fora do alcance do consumidor médio.
No mundo atual, porém, a conquista de mercado se baseia cada vez mais no engajamento de clientes online. Um recente estudo da consultoria Bain & Co. prevê que o comércio eletrônico representará 25% das vendas do segmento até 2025. Isso significa que o atendimento VIP e a experiência VIP não podem ser confinada às lojas físicas.
Estudo da consultoria Deloitte estima que, coletivamente, a geração milênio e a geração Z representarão cerca de 40% do mercado global de bens de luxo até 2025 — e se sabemos alguma coisa sobre essa dupla é que ela adora novidade.
Os consumidores mais jovens buscam uma experiência de compra personalizada que integre as plataformas online e offline, o que tem motivado as empresas a adotarem tecnologias como realidade aumentada (RA) e inteligência artificial (IA).
Além de explorar oportunidades de engajamento, no democrático universo online, as marcas de luxos também precisam comunicar valores e criar conexões emocionais com clientes tradicionais e novos consumidores.
Segundo o BrandZ, as marcas de luxo devem responder às novas necessidades dos consumidores e interagir com eles de maneira significativa para se manter na liderança. As marcas que lideram o ranking têm se saído bem nesse processo.
Rank 2019 | Marca | País | Valor da marca 2019 (US$ Milhões) | Variação | |
---|---|---|---|---|---|
1 | Louis Vuitton | França | 47,214 | 15% | |
2 | Chanel[1] | França | 37,006 | N/A | |
3 | Hermès | França | 30.966 | 10% | |
4 | Gucci | Itália | 25,274 | 13% | |
5 | Rolex | Suíça | 8,389 | -4% | |
6 | Cartier | França | 5,998 | -15% | |
7 | Burberry | Reino Unido | 4,698 | 5% | |
8 | Dior | França | 4,658 | 29% | |
9 | Saint Laurent/Yves Saint Laurent | França | 3,572 | 45% | |
10 | Prada | Itália | 3,504 | -11% |