(AFP/AFP Photo)
Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 05h00.
Uma mudança de marca pode ser um movimento estratégico arriscado, especialmente quando há um desalinhamento entre a experiência dos funcionários e a visão da empresa.
Conhecido como employee experience gap, esse descompasso ocorre quando os colaboradores percebem a empresa de forma diferente do que seus líderes acreditam. E, quando ignorado, pode minar qualquer rebranding, independentemente do investimento ou do apelo visual.
Foi o caso da transformação do Twitter em X, em 2023.A decisão de Elon Musk de remodelar a plataforma veio após um período conturbado dentro da companhia, com demissões em massa e uma cultura interna abalada. Antes mesmo da mudança de nome, Musk já havia imposto um ultimato aos funcionários, exigindo comprometimento total com o "Twitter 2.0" ou a saída da empresa. O clima organizacional ficou instável, e os colaboradores não se sentiram parte do novo posicionamento.
O resultado? Um reposicionamento que não gerou entusiasmo interno nem engajamento externo. Até hoje, muitos usuários ainda chamam a plataforma de Twitter, e o uso do X caiu 30% entre 2023 e 2024. As informações são da Entrepreneur Magazine.
Em contrapartida, a mudança do Dunkin' Donuts para Dunkin', em 2018, demonstra como um rebranding pode ser bem-sucedido quando os funcionários são envolvidos no processo. A empresa investiu US$ 100 milhões na transição, garantindo treinamentos e recursos para os colaboradores. Não foi apenas uma alteração de logotipo; houve um esforço para minimizar fricções internas e garantir que os funcionários se tornassem defensores da nova identidade da marca.
Para Kimberly Zhang, presidente e editora-chefe do site Under30CEO, para que um rebranding tenha impacto positivo, ele precisa ser mais do que uma mudança estética. Três problemas comuns podem comprometer o sucesso da nova identidade de marca:
Empresas que buscam um reposicionamento devem entender que um rebranding bem-sucedido vai além da comunicação externa. Ele precisa ser sustentado por uma cultura organizacional forte, capaz de engajar funcionários e criar autenticidade para o público. O exemplo do Dunkin’ mostra que um bom planejamento, aliado ao investimento no time interno, pode transformar a nova identidade da marca em um verdadeiro case de sucesso.
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