Para executivo da MMA, desafio não é só do mobile marketing, mas da mídia digital como um todo (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2012 às 09h11.
São Paulo - As marcas não têm mais escolha e precisam aderir ao marketing móvel, pois o consumidor de hoje já é mobile, segundo afirmou Marcio Chaer, executivo para América Latina da Mobile Marketing Association (MMA).
“Não vejo uma demanda reprimida (por conteúdo móvel), pois os consumidores vêm dando mostras de que desejam isso. Talvez o que haja, isto sim, seja um conhecimento reprimido sobre esse mercado, por parte das empresas. Mas não há mais escolha para marcas, pois consumidor já é mobile. Esse é o trabalho da MMA: divulgar informações e educar marcas e consumidores sobre os benefícios que a plataforma pode trazer”, disse ele, que vê, no entanto, um gradual encaminhamento das grandes empresas neste sentido.
"A MMA treinará toda a equipe de marketing da Coca-Cola na América Latina, e já temos negociações para fazer o mesmo com outras grandes empresas. Também estaremos presentes nos grandes eventos de publicidade, como a semana publicitária de Cannes e a Ad Week, nos Estados Unidos", afirmou.
Segundo Chaer, o grande desafio dos próximos anos para o futuro do ramo será encontrar um modelo de negócios próprio.
“Esse não é um desafio só do mobile marketing, mas da mídia digital como um todo. Hoje, o modelo de mídia digital que mais vende ainda é o offline. Precisamos definir um novo marco de modelo de negócios com as agências, que são o intermediário fundamental entre os provedores de serviços móveis e as grandes marcas”, disse.
Segundo ele, no primeiro momento não se poderá fugir do modelo de negócios tradicional do mundo da publicidade, mas com o tempo a tendência é que se desenvolva um modelo específico, adequado ao novo tipo de mídia com a qual se está trabalhando.
“Não se trata só de monetizar, mas de viabilizar a negociação entre todas as partes para achar um modelo de negócios que satisfaça a todos. A MMA põe todos em contato: marcas, agências e operadoras. Essa discussão já está ocorrendo, mas não é simples”, diz ele.