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Em SP, multa ameaça relógio do Conjunto Nacional

Prefeitura havia decidido que o Itaú tinha de tirar a sua logomarca do local, mas o banco entrou com recurso na CPPU e o caso arrasta-se até hoje

Para manter o relógio funcionando e garantir a manutenção da estrutura metálica, o banco paga para o condomínio mais de 300 mil reais por ano (Wikimedia Commons)

Para manter o relógio funcionando e garantir a manutenção da estrutura metálica, o banco paga para o condomínio mais de 300 mil reais por ano (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 19h40.

São Paulo - Uma multa de 2,1 milhões reais e a intenção do banco Itaú de retirar seu letreiro do relógio do Conjunto Nacional ameaçam a manutenção de um dos pontos mais conhecidos da Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Em dezembro, a Prefeitura autuou a instituição por desrespeito à Lei Cidade Limpa, após a pintura do logo em azul e amarelo.

Em 2007, quando a legislação entrou em vigor, a Prefeitura havia decidido que o Itaú tinha de tirar a sua logomarca do local, mas o banco entrou com recurso na Comissão Permanente da Paisagem Urbana (CPPU) e o caso arrasta-se até hoje.

Para não ter de pagar multa, o Itaú protocolou no início do mês no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) um pedido para tirar o letreiro, que está há 35 anos no local. A autorização é necessária porque, para o órgão estadual, o relógio é considerado bem aderente ao imóvel tombado, no caso o Conjunto Nacional, e, portanto, sujeito às mesmas regras de tombamento, ocorrido um ano antes da Lei Cidade Limpa. A Secretaria Estadual de Cultura informou que o pedido está em estudo preliminar pela equipe técnica. Procurado por meio de sua Assessoria de Imprensa o banco não se manifestou.

Para manter o relógio funcionando e garantir a manutenção da estrutura metálica, o banco paga para o condomínio mais de 300 mil reais por ano. Durante todos esses anos de pendência, a logomarca do Itaú foi se desgastando e quase ficou apagada. Em setembro do ano passado, voltou a ficar visível após a reforma da estrutura, autorizada pelo Condephaat, que incluiu a reposição de peças, pintura e retirada de ferrugem. Três meses depois, a Subprefeitura de Pinheiros multou o banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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