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É preciso parar de venerar virais, diz sócio de agência

Pensamento de viralizar a marca engessou muito a estratégia de criação para vídeos, acredita Wagner Martins


	YouTube: “Pra cada lista de Top 10, posso fazer uma de Top Mil virais que deram errado”
 (Dado Ruvic/Reuters)

YouTube: “Pra cada lista de Top 10, posso fazer uma de Top Mil virais que deram errado” (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 20h10.

São Paulo - O sonho da maioria das marcas que estão no YouTube é criar um viral no site de vídeos do Google. Mas será que este pensamento é o correto? Na opinião de Wagner Martins, sócio da agência 301.yt, que cobra por views, a resposta é não. Ele explicou por que pensa assim durante palestra ocorrida nesta quinta-feira (17), durante o youPIX Festival.

Chamo esse pensamento de pós-viral, explica. Para o economista (conhecido pelo site Cocadaboa.com e por ter sido sócio da Espalhe), o viral virou sinônimo de vídeo no YouTube.

Isso foi bom para o Google e seu site, mas foi ruim para as marcas e agências. Vamos tentar fazer um viralzinho?, era a frase que Wagner ouvia nos briefings enviados à Espalhe. Esse pensamento engessou muito a estratégia de criação para vídeos, acredita.

Por que o pessoal do Galo Frito, um canal de humor com basicamente três pessoas, tem mais de 5 milhões de assinantes e o canal de Nike Futebol, com toda sua verba, tem pouco mais de 190 mil? Um dos motivos, para Wagner, é que o criador de conteúdo consegue converter mais assinantes do que um canal de marca.

A indústria de publicidade fica venerando os virais. Pra cada lista de Top 10, posso fazer uma lista de Top Mil virais que deram errado, explica para dizer que há algo errado quando você aposta numa estratégia que vive da exceção.

A vida útil de um vídeo é muito maior. O jogo não é mais sobre viral, é sobre tentar acertar a ideia certa. O próprio YouTube tem mudado seu posicionamento institucional e valorizado os canais, diz.

Wagner e sua 301 já arriscaram um formato criado especialmente para uma marca. Foi uma campanha de Skol. Eles precisavam associar a marca com churrasco, relata Wagner contando um pouco da concepção do case ‘Manda Brasa’, que mostrava um rapaz assar tudo na churrasqueira.

Conseguimos entregar melhor do que as marcas, mas ainda não somos como os criadores, explica falando dos resultados da campanha. Estamos no meio. Mas acreditamos que foi um ótimo começo, se comparado a um Galo Frito, por exemplo.

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