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Disney Store vira fenômeno no varejo

Novo conceito de loja busca revolucionar o mercado

Disney Store: interações digitais com personagens e réplicas de locações clássicas (Wikimedia Commons)

Disney Store: interações digitais com personagens e réplicas de locações clássicas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 14h20.

São Paulo - O novo conceito de loja que a Disney queria desenvolver tinha um objetivo muito claro: reinventar o varejo. A proposta – que começou a ser desenvolvida há três anos – era não ser mais uma loja, mas sim um ponto de contato de todas as marcas da empresa de entretenimento. Pelos números, parece que a companhia chegou onde queria. Inaugurada em novembro de 2010, o ponto de venda na Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos, registra a compra de 800 pessoas por hora.

A nova versão da Disney Store é um fenômeno porque conjuga das melhores práticas do varejo e utiliza a tecnologia de forma profunda para envolver os consumidores. Para a companhia, ter uma loja é a uma oportunidade que qualquer pessoa pode ter de experimentar suas marcas a qualquer hora, todos os dias do ano. É uma estratégia multicanal que faz parte do plano de negócio da empresa, envolvendo desde parque de diversões até licenciamento.

Tudo na loja foi muito planejado. O design levou dois anos para ficar pronto. A ideia era transformar todos os espaços do ponto de venda em locais onde aconteceriam eventos. Já a meta era proporcionar a experiência das marcas de forma semelhante a uma parada da Disney, como acontece em seus parques. O projeto global prevê ainda a reforma de 11 lojas nos Estados Unidos este ano e outras 50 novas lojas em solo norte-americano, na Europa e no Japão.

Tecnologia coloca consumidor dentro da marca

A ideia de transformar a forma como as pessoas se conectavam com a Disney foi tangibilizada por meio da tecnologia, área em que a empresa investiu mais de US$ 100 milhões. A nova loja utiliza de forma profunda a Radio-Frequency IDentification, o famoso RFID, e tela touch screen igual a do iPod. Muito mais do que tecnicidades, os aparatos eletrônicos servem para personalizar a experiência da marca.

Um exemplo é o espelho das Princesas. A pequena consumidora fica em frente a ele e, com um toque na tela, aparece como uma personagem da marca, vestida de Cinderela ou Branca de Neve. Já as franquias como Toy Story e Carros têm desenhos e jogos que também podem ser interativos por meio de telas touch screen.

“Usamos muito a digital signage para engajar as pessoas”, afirma Stephen Finney, Vice-Presidente de operações globais e de desenvolvimento de negócios da Disney Store. “Cada espaço, filme e interação tem como objetivo transportar nossos consumidores para um filme da Disney”, completa. Um dos principais destaques da loja, não por acaso, é a marca das Princesas. “Esta é uma das nossas marcas em que mais investimos”, reconhece Finney, em palestra na NRF 2011, o maior congresso de varejo do mundo.

Por isso há, além das interações digitais com as personagens, uma fachada de um castelo dentro das lojas. Aberto, o projeto tinha como objetivo melhorar o tráfego nas lojas. O resultado foi um aumento de 300% no fluxo médio dos pontos de vendas da marca e de 30% nas vendas dos produtos do Mickey Mouse e companhia.

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