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Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2010 às 13h48.
Paris - A crise da seleção da França, que está muito próxima da eliminação da Copa do Mundo e não se acerta internamente desde a exclusão do elenco do atacante Nicolas Anelka, começou a provocar uma fuga de patrocinadores oficiais.
"Por conta da situação atual, do que acontece na seleção francesa, suspendemos a campanha" de televisão que tinha começado no começo deste mês e que estava prevista para terminar no próximo dia 25, coincidindo com o final da fase de grupos da Copa, declarou uma porta-voz do banco Crédit Agricole à Agência Efe.
Esta é a primeira vez que o banco encerra assim uma campanha de publicidade, explicou a porta-voz, que assinalou que "é muito cedo" para dizer se irá retirar o apoio econômico aos 'Bleus'.
A rede de fast-food Quick desistiu da campanha que era protagonizada pelo expulso Anelka, embora as ruas da França ainda sigam cheias de cartazes nos quais o atacante levanta um hambúrguer simulando um troféu.
A empresa de energia GDF Suez também abandonou a seleção francesa e taxou a situação de "incrível".
"Estamos indignados com o que aconteceu. É uma falta de respeito com todo mundo. É incrível, nunca tinha visto algo parecido", declarou um responsável da GDF Suez ao jornal francês "Le Parisien".
No caso da empresa de energia, ainda segundo o "Le Parisien", as cláusulas contratuais que a vinculam com a seleção para a Eurocopa de 2012 e para a Copa 2014 estão sendo analisadas para tentar o rompimento com uma seleção que julgam ser "uma equipe que oferece uma imagem muito degradada do esporte".
Outros patrocinadores, como a operadora de telefonia SFR, a rede de supermercados Carrefour e a construtora automobilística Toyota se reunirão hoje para avaliarem suas estratégias de comunicação.
No entanto, a debandada não é geral. A Adidas, marca alemã que fornece material esportivo à seleção da França, disse que continuará com suas ações de marketing com os 'Bleus' "enquanto seguirem na competição".