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Chamadas da TV Globo enfatizam temas sociais de novelas

Responsabilidade social marca presença além do horário das tramas globais

Durante as chamadas comerciais das novelas, TV Globo tem enfatizado os problemas sociais reais encenados por personagens (Reprodução/Rede Globo)

Durante as chamadas comerciais das novelas, TV Globo tem enfatizado os problemas sociais reais encenados por personagens (Reprodução/Rede Globo)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 13h49.

São Paulo - Que a TV Globo é expert em produzir telenovelas isso ninguém duvida. Pelo contrário, a emissora é referência mundial quando o assunto é teledramaturgia. Mas, além de prender a atenção dos telespectadores por aproximadamente oito meses (tempo de vida útil de uma novela) seis dias por semana (de segunda-feira a sábado) durante mais ou menos 55 minutos por capítulo, a TV Globo faz muito mais do que entreter. Através de suas tramas, ela dita moda, discute polêmicas e apresenta questões de responsabilidade social.

Atualmente, a novela Passione, do autor Silvio de Abreu, mostra a deprimente história do jovem Danilo, interpretado pelo ator Cauã Raymond, um viciado em drogas. A novela chama a atenção para esse sério problema presente na sociedade. Mas não é só durante a trama que o assunto vem à tona. Durante as chamadas comerciais das novelas, a TV Globo tem enfatizado os problemas sociais reais encenados por personagens em sua vasta dramaturgia.

Outro exemplo é a novela O Clone, grande sucesso da novelista Glória Perez, que será reprisado em janeiro de 2011 em Vale a Pena Ver de Novo. As diversas chamadas da novela, veiculadas pela emissora, mostram os principais temas da trama: cultura muçulmana, clonagem humana e dependência química. A abordagem das drogas neste folhetim mostra um contraponto entre os personagens Mel (Débora Falabella), Nando (Thiago Fragoso) e Lobato (Osmar Prado). Enquanto os jovens se iniciam na experiência e vivem a fase de deslumbramento que caracteriza esse começo, Lobato – alcoólatra que também faz uso da cocaína – vive o desespero de quem perdeu emprego e família por causa da dependência. Mesmo sendo uma reprise, a questão continua mais atual do que nunca e certamente entrará para a pauta de discussão dos telespectadores.

Não é de hoje que a Rede Globo aposta nas responsabilidades sociais inseridas em seus produtos. Ela começou a veicular esse tipo de campanha em 1995, na novela História de Amor, de autoria de Manoel Carlos, em que o personagem Edgar, interpretado por Nuno Leal Maia, ficava paraplégico e, mesmo assim, praticava esportes. O assunto foi tão debatido na época que o autor convidou Pelé, que na época era Ministro do Esporte e Turismo, para fazer uma participação na trama. A experiência se repetiu no ano seguinte, na novela Explode Coração (Glória Perez, 1996, TV Globo), em que foi abordado o problema das crianças desaparecidas.

Daquela época em diante, a maioria dos autores concedeu generosos espaços a esse tipo de sensibilização. Os casos mais lembrados são aqueles que abordaram a doação de órgãos - Laços de Família (Manoel Carlos, 2000, TV Globo); a questão dos idosos - Mulheres Apaixonadas (Manoel Carlos, 2003, TV Globo) , o mal de Alzheimer - Senhora do Destino (Aguinaldo Silva, 2004, TV Globo) – os deficientes visuais – América (Glória Perez, 2005, TV Globo), que deu origem até a um programa fictício – É Preciso Saber Viver -, apresentado por Dudu Braga, filho do cantor Roberto Carlos. Em 2009, Manoel Carlos voltou ao horário das oito com a trama Viver a Vida, na qual a protagonista Helena (Thais Araújo) perdeu espaço para a personagem Luciana (Alinne Moraes), que ficou paraplégica após acidente de carro.

Não há dúvida que esse tipo de iniciativa, por parte dos autores, é extremamente válida. Abordar assuntos importantes e de interesse da sociedade gera mudanças e adoção de novos comportamentos. Pois é, além de saber fazer muito bem suas novelas, a TV Globo também sabe muito bem divulgá-las em seus intervalos comerciais, principalmente enfatizando as questões sociais contidas nas histórias. E se é para o bem, que mal tem?

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