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'Café loiro' criado pela Starbucks gera polêmica nos EUA

Lançamento da marca gerou críticas por conotações presentes na campanha

Café "loiro" do Starbucks: polêmica nos EUA (Twitter/Reprodução)

Café "loiro" do Starbucks: polêmica nos EUA (Twitter/Reprodução)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 14h08.

A rede mundial de cafés Starbucks lançou uma linha "Blonde" (loiro, em português) de seus cafés, que promete um sabor mais "suave" e "sutilmente doce". No entanto, o slogan da campanha gerou polêmica nos Estados Unidos.

A frase "Blonde break rules" (loiros quebram regras) - a mesma utilizada por um comercial de tonalizante loiro de 1963, em que as mulheres eram pedidas em casamento e melhoravam suas habilidades esportivas depois de pintar o cabelo - foi alvo de críticas nas redes sociais por se remeter ao governo do presidente Donald Trump.

No Twitter, algumas pessoas notaram o significado ambíguo da campanha, que se encaixa perfeitamente com o momento em que os Estados Unidos vivem, em meio às atitudes polêmicas do magnata.

"Parece que a Starbucks está tentando simpatizar com as pessoas, e prefere desafiá-las a negar as normas e se tornar loiras - mesmo que seja com uma xícara de café expresso", escreveu a jornalista Sangeeta Singh-Kurtz.

"É uma campanha que ressoa perfeitamente em 2018, quando o presidente dos Estados Unidos tem encorajado o país a abandonar qualquer senso de empatia ou senso comum, e colocá-los em primeiro lugar, quebrando as regras pelo caminho", completou.

O objetivo com o novo estilo é que o cliente customize sua bebida a sua maneira, podendo escolher entre a linha "Signature" - café original - ou "Blonde" - bebida mais suave, feita com grãos de café levemente tostados da América Latina e do Leste da África.

De acordo com a publicação, a linha "Blonde" foi lançada no mesmo período em que a viagem de Trump ao Fórum Mundial de Davos não foi bem aceita. A nova linha está disponível somente nos Estados Unidos e foi lançada oficialmente em 23 de janeiro.

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