Burberry: Moncler estaria considerando uma oferta pela fabricante britânica (Andrey Rudakov/Bloomberg)
Beatriz Correia
Publicado em 15 de novembro de 2019 às 06h03.
Última atualização em 15 de novembro de 2019 às 07h03.
A Burberry fechou uma parceria com a gigante da Internet chinesa Tencent para testar a combinação de rede social e varejo em um importante segmento do mercado de luxo.
O primeiro passo na aliança será a abertura de uma loja da Burberry em Shenzhen, operada pela Tencent, que controla a rede social WeChat. O espaço oferecerá “experiências únicas que conectam a vida social e on-line de clientes de luxo a seus ambientes físicos”, disse a fabricante de artigos de luxo britânica.
A Burberry divulgou ganhos semestrais que superaram as estimativas, impulsionados pela demanda por produtos com o novo visual do designer Riccardo Tisci.
Influenciadores de redes sociais substituem os modelos e revistas como veículos de marketing, o que tem puxado as vendas de maquiagem, moda, restaurantes e viagens. As marcas de luxo tentam acompanhar. Para atrair consumidores que tiram selfies para as lojas, varejistas instalaram cenários exclusivos para fotos, que incluem murais, espelhos gigantes, escadas majestosas e instalações de arte.
A Burberry foi uma das primeiras grifes de moda a usar o Facebook e vender produtos de edição limitada por meio de posts no Instagram. No mês passado, a empresa anunciou um acordo com o RealReal, um site vintage de luxo, convidando vendedores de itens de segunda mão para tomar chá nas principais lojas da marca do Reino Unido — e experimentar algo novo.
Com redes sociais populares como o Instagram banidas na China, o acordo com a Tencent pode reforçar a visibilidade da marca nesse mercado. As vendas de grifes de luxo têm sido afetadas pelos contínuos protestos contra Pequim em Hong Kong. A Burberry disse que as vendas registraram queda de dois dígitos no território.