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"Black Friday" no Paraguai atrai milhares de visitantes

O "Black Friday" começou na última quinta-feira e terminará no próximo domingo com uma previsão de vendas em torno de US$ 100 milhões

Associações de comerciantes da segunda maior cidade do Paraguai se inspiraram na ideia dos Estados Unidos para promover grandes ofertas (Getty Images)

Associações de comerciantes da segunda maior cidade do Paraguai se inspiraram na ideia dos Estados Unidos para promover grandes ofertas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2012 às 15h43.

Assunção - A cidade paraguaia de Ciudad del Este, na fronteira com Brasil e Argentina, recebe nestes dias milhares de visitantes atraídos por descontos de até 70% em produtos de informática, eletrônica e outros bens, durante a inédita feira comercial "Black Friday".

Associações de comerciantes da segunda maior cidade do Paraguai se inspiraram na ideia dos Estados Unidos para promover grandes ofertas com o intuito de reestabelecer o comércio e consolidar a feira como evento anual.

O "Black Friday" começou na última quinta-feira e terminará no próximo domingo com uma previsão de vendas em torno de US$ 100 milhões. Desde ontem, foram registradas filas a partir das 4h locais, (5h de Brasília), duas horas antes da abertura dos comércios e houve produtos que se esgotaram em minutos. "Parecia Nova York", descreveu o coordenador da feira, Arsenio Ortiz, à "Rádio Monumental".

Consultado pela Agência Efe, Ortiz disse que espera 20 mil visitantes por dia, em uma cidade de 390 mil habitantes, que se transformou para o evento. Paraíso das compras no Paraguai, a cidade faz parte da chamada de Tripla Fronteira, junto com Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Iguazú (Argentina), e nela se estabeleceram importantes comunidades de origem asiática e árabe.

Os comerciantes envolvidos no Black Friday quiseram romper com a fama de Ciudad del Este, conhecida pelo contrabando em massa de produtos falsificados, provenientes principalmente da Ásia e revendidos no Brasil e Argentina. Dessa forma, a organização fez alianças com a Direção de Defesa do Consumidor e operadoras de cartões de crédito.

"Qual é a desconfiança do cliente ao vir a Ciudad del Este? Que não lhe vendam gato por lebre", expressou Ortiz. De acordo com o coordenador, apoio das autoridades de Consumo, com postos de reivindicações no evento, tirou o mito de que os produtos da feira não sejam originais.

Promovida em países vizinhos, a feira atraiu compradores da Argentina, Brasil e Chile e, maciçamente, do Paraguai com a expectativa de adquirir bens com descontos entre 20 e 70%. Nesses quatro dias, os comércios ficarão abertos das 6h até as 21h.

Com os US$ 100 milhões que se pretende arrecadar os negociantes esperam se recuperar da queda do comércio motivada pelas taxas de câmbio, greve de bancos e correios e novos controles do Brasil, disse Ortiz. De fato, durante o Black Friday a quota de entrada de mercadorias ao Brasil de US$ 300 diários por pessoa continuará em vigor.

Enquanto os consumidores procuram os últimos modelos de telefones celulares a preço baixo, um helicóptero sobrevoa permanentemente a zona comercial da cidade e nas ruas há unidades reforçadas de Polícia, inclusive agentes antinarcóticos, segundo detalhou o porta-voz policial da cidade, Agusto Lima. 

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