Marketing

BB quer trocar marca ‘iphone’ por dívida da Gradiente

Débito entre duas empresas é disputado na Justiça; se Gradiente perder, a marca pode ir à leilão no país


	iPhone: disputa de uso da marca no Brasil pode demorar mais que o esperado
 (Raul Junior / VOCÊ S/A)

iPhone: disputa de uso da marca no Brasil pode demorar mais que o esperado (Raul Junior / VOCÊ S/A)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 19h01.

São Paulo -  A disputa envolvendo a marca “iphone” no Brasil ganhou nesta semana um novo personagem. Após os rumores sobre uma possível negociação entre a Apple e a Gradiente para resolver a contenda, o nome do Banco do Brasil agora passou a fazer parte do caso.

Segundo despacho do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o banco pediu o arresto (tipo de penhora) da marca "iphone" por conta de uma dívida de R$ 947 mil que a fábrica de eletrônicos tem com a instituição financeira. 

O pedido na Justiça foi acatado pelo INPI, que bloqueou o uso comercial do nome no Brasil até o pagamento do débito desde quarta-feira, data da publicação do despacho na 27ª Vara Cível da Comarca de São Paulo. 

A marca ainda pode ser usada em produtos da Gradiente, mas não pode ser transferida ou vendida a ninguém. Na prática, isso quer dizer que, até segunda ordem, as conversas com a Apple, que acenou com a possiblidade de um acordo financeiro com a brasileira, só serão concluídas após a quitação da dívida. Se a empresa não quitar a pendência, a marca pode ir a leilão.

A Gradiente afirmou que recorreu da decisão, que chegou a ser suspensa e corre em segunda instância. Em comunicado, a indústria disse ainda estar “confiante”, uma vez que “o débito que discute com a instituição financeira se encontra amplamente garantido com bens que superam os valores em discussão”. O Banco do Brasil não comenta o caso.

Disputa

Em fevereiro, a Apple perdeu para a Gradiente o direito de usar a marca “iphone” em seus celulares no Brasil. A decisão do INPI levou em conta a solicitação de patente feita pela Gradiente em 2000, sete anos antes do lançamento do iPhone da americana no país.

A Apple fez o pedido de registro da marca iPhone no país em 2007, ano em que lançou a primeira versão do smartphone. Quando faltava pouco mais de um mês para que o prazo de cinco anos dos direitos do nome, ainda sem uso, expirasse, a Gradiente lançou no mercado seu smartphone "iphone", com sistema operacional Android, e e garantiu a exclusividade.

Acompanhe tudo sobre:CelularesEmpresasGradienteiPhoneJustiçaMarcasSmartphones

Mais de Marketing

Aparência do conhecimento: como a IA vem criando uma epidemia de falsos especialistas

Empresário falido de 39 anos ficou milionário vendendo pedras como animais de estimação

Jovem de 29 anos de um bairro pobre de Londres ficou milionário ao vender sua empresa de marketing

Com Nestlé, BRF e Boticário na carteira, Grupo HÜK estreia mirando R$ 100 milhões em 2025