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Avon e GPA lançam ferramenta para apoiar mulheres em situação de violência

Em parceria com o Instituto Avon, uma imagem nos aplicativos do GPA irá direcionar as mulheres para uma assistente virtual via WhatsApp

Violência contra a mulher. (Carol Yepes/Getty Images)

Violência contra a mulher. (Carol Yepes/Getty Images)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 22 de junho de 2020 às 09h39.

Última atualização em 24 de junho de 2020 às 17h23.

O isolamento social na pandemia da covid-19 tem impactado no aumento dos casos de violência contra as mulheres. Em abril deste ano houve um crescimento em cerca de 40% das denúncias no Ligue 180 - Central de atendimento à mulher, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Para auxiliar as mulheres no enfrentamento da violência, os aplicativos Pão de Açúcar Mais, Clube Extra, Assaí e o site do Compre Bem passam a contar, em parceria com o Instituto Avon, com um banner que direciona as mulheres para uma página online, na qual poderão falar com uma assistente virtual via WhatsApp.

A ferramenta permite que, a partir das perguntas baseadas nos protocolos internacionais de avaliação de risco, a assistente virtual consiga identificar em qual situação está a mulher. Com o resultado da análise, ela é direcionada para os diferentes recursos disponíveis.

Se a mulher que entrou em contato sinalizar que o caso é urgente, e ela não acionou o 190, ou se a assistente virtual identificar que a situação é de risco alto, o contato é feito em poucos minutos por uma psicóloga, de forma sigilosa e confidencial.

Junto com a Uber e a Wieden+Kennedy, o Instituto Avon já lançava  a funcionalidade do chatboot em abril. Desde então, 1.200 mulheres utilizaram a ferramenta. "O chat consegue ajudar as mulheres em diferentes situações. Algumas estão com dúvidas iniciais sobre como fazer denúncias e outras já precisam urgentemente de ajuda", diz Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.

Além de ter a divulgação do chat nos aplicativos do GPA, a parceria conta com divulgação da ferramenta nas lojas e, no futuro, com o treinamento dos funcionários para identificar mulheres que possivelmente estão precisando de ajuda.

"Recebemos 50 milhões de clientes por mês nas lojas, a maior parte mulheres, então vimos a possibilidade de potencializar as denúncias sem sobrecarregar os canais oficiais com o Programa Você Não Está Sozinha. É preciso falar do tema abertamente para que as mulheres saibam que não estão sós", diz Susy Yoshimura, diretora de sustentabilidade e compliance do GPA. "Além disso, a ferramenta tem a aparência do WhatsApp e permite um uso discreto".

A parceria entre as empresas também têm ajudado as mulheres em vulnerabilidade a partir da doação de cestas básicas. Cerca de 2.000 já foram doadas. "Elas precisam garantir uma certa estabilidade básica para seguir suas vidas longe da violência", afirma Grelin.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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