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Após onda de livros, Faber-Castell lança pixels para colorir

Com proposta semelhante à das já clássicas mandalas, empresa tenta emplacar novo passatempo para adultos


	Figuras de índio e de urso pintadas: à medida que vai pintando todos os “pixels”, a pessoa descobre a figura que está criando
 (Divulgação/Faber-Castell)

Figuras de índio e de urso pintadas: à medida que vai pintando todos os “pixels”, a pessoa descobre a figura que está criando (Divulgação/Faber-Castell)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 21 de agosto de 2015 às 09h28.

São Paulo - Amados por alguns, criticados por outros, o que não se pode negar é que os livros de colorir para adultos foram a grande febre do mercado editorial no primeiro semestre de 2015. Agora, o que as empresas que faturaram com a novidade querem é encontrar uma maneira de surfar nessa onda por mais tempo.

É o caso da Faber-Castell. A fabricante de materiais escolares, que chegou a ver seus estoques de lápis se esgotarem no início do ano, tenta apostar em um novo projeto para evitar a queda da demanda: os "pixels" para colorir.

O lançamento segue a mesma proposta de “relaxamento” dos livros que tomaram as livrarias do país. Trata-se de folhas quadriculadas - semelhantes àquelas de cadernos de matemática - chamadas de Pix Papers. Em cada quadradinho, um número indica a cor que deve ser usada pelo usuário para preenchê-lo.

À medida que vai pintando todos os “pixels”, a pessoa descobre a figura que está criando. Se preferir, ela também pode escolher anteriormente os modelos ou apenas ler dicas sobre eles, como, por exemplo, “animal extinto”, "habitavam o Brasil antes do descobrimento" ou "um monumento à pontualidade".

Outra opção, para os mais criativos, é imprimir a folha sem indicações de cores e criar seu próprio quadro.

Os modelos para impressão estão disponíveis gratuitamente no site e dividem-se em três níveis de dificuldade - fácil, médio e avançado. Este último será oferecido apenas a partir do início de setembro, segundo a empresa.

O portal organiza as categorias segundo o número de cores dos estojos da marca. Dessa maneira, quem quiser imprimir desenhos mais complexos precisa ter em casa estojos mais sofisticados e, portanto, mais caros.

Ano colorido

Na contramão da crise econômica, a Faber passa por um ano bastante atípico. Acostumada com o pico de vendas entre dezembro e janeiro por conta do início do ano letivo, a empresa viu a procura explodir novamente em março deste ano com a febre dos livros de colorir.

Apesar de ter se preparado para repor caixas mais populares, de 12 e 24 lápis, a fabricante se surpreendeu com a procura por estojos de até 60 unidades, motivo pelo qual teve que ampliar seu expediente de produção.

A demanda por produtos mais elaborados está associada à conquista de um público novo e mais exigente: o adulto. Agora, o desafio da Faber é mantê-lo.

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