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Apetite verde: "carne vegetal" pode representar 10% do setor até 2030

Boa aceitação dos consumidores de carne moída, salsichas e hambúrgueres vegetarianos alavanca vendas, que podem chegar a US$ 140 bilhões, estima Barclays

Salsicha vegana da Beyond Meat: proteínas vegetais em alta.  (© 2019 Bloomberg L.P/Bloomberg)

Salsicha vegana da Beyond Meat: proteínas vegetais em alta. (© 2019 Bloomberg L.P/Bloomberg)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 27 de maio de 2019 às 09h59.

Os impressionantes valuations de produtores de substitutos da carne à base de vegetais, como a Beyond Meat, podem ser apenas o começo de um mercado em plena expansão. Segundo estimativas do Barclays, o setor pode movimentar US$ 140 bilhões em 10 anos.

O valor representaria uma fatia de 10% do mercado global de carnes -- com receita de US$ 1,4 trilhão -- em relação à participação atual de 1%, segundo relatório de 22 de maio. O banco baseou sua análise no modelo de crescimento de segmentos semelhantes, como laticínios à base de plantas, cerveja artesanal e veículos elétricos.

"Com consumidores cada vez mais conscientes dos impactos ambientais, do bem-estar animal e da saúde e do impacto do consumo de carne tradicional, acreditamos que há evidências suficientes indicando que as carnes alternativas não são apenas uma moda passageira", disse o Barclays no relatório.

A Tyson Foods, a maior processadora de carne dos EUA, disse na semana passada que seu produto de carne alternativa prestes a ser lançado poderia ser uma " marca de bilhões de dólares". Assim, o relatório do Barclays reflete o crescente número de investidores no setor. Os consumidores já estão interessados, com mais e mais pessoas diminuindo o consumo de carne.

Por enquanto, os fatores que impulsionam a mudança estão relacionados ao meio ambiente e à saúde, mas a expansão do mercado de carnes alternativas também vai depender do sabor e dos preços, disse o Barclays.

Os produtores também precisam criar produtos que atraiam o grupo que consome mais carne: homens na faixa de 14 a 70 anos. "Se houver uma boa aceitação da carne alternativa por este grupo, a categoria pode ter sucesso", avalia o banco.

Os primeiros sinais são positivos para o setor, com uma boa aceitação dos consumidores da carne moída, salsichas e hambúrgueres vegetarianos, avalia o banco. Mas as bistecas ainda são difíceis de replicar.

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