Marketing

Apenas 46% dos comerciais do Super Bowl terão algum retorno

Custos para anunciar durante o jogo são altíssimos, mas nem sempre o retorno está à altura


	Super Bowl: marcas gastam milhões por alguns segundos durante os intervalos do jogo
 (Jeff Haynes/Reuters)

Super Bowl: marcas gastam milhões por alguns segundos durante os intervalos do jogo (Jeff Haynes/Reuters)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 11h51.

São Paulo - As marcas gastam uma pequena fortuna para ter um espaço durante o Super Bowl, o evento esportivo mais assistido dos Estados Unidos. Trinta segundos no intervalo do evento custam nada menos que 4,5 milhões de dólares.

O espaço custa caro, mas as empresas topam pagar. Só nesse ano, 26 marcas irão veicular seus comerciais nacionalmente durante o jogo, que acontece nesse domingo (1º).

Mas o retorno não é tão bom quanto o esperado. Menos da metade dessas marcas terão um retorno real dos consumidores, o chamado "consumer engagement".

De acordo com a pesquisa "Brand Keys 13 Annual Super Bowl Ad Engagement Survey", apenas 46% das marcas anunciantes verão consumidores engajados indo comprar os seus produtos.

Ao AdWeek, o presidente da Brand Keys, Robert Passikoff, disse: "Você pode ter o trabalho mais criativo e ter bilhões de compartilhamentos, mas não significa que alguém vai começar a comprar o seu produto".

As marcas se interesasam pelo momento do Super Bowl porque contam com uma grande audiência e têm a chance de criar um grande "buzz" nas redes sociais. Criando essa ligação emocional, os consumidores podem, no futuro, virar clientes.

Resultados

O estudo criou um gráfico com dois parâmetros: nível de entretenimento (ou seja, as propagandas que divertem ou emocionam e não são apenas "técnicas") e o nível de engajamento.

Apenas 12 de 26 marcas têm alto poder de entretenimento e irão engajar os consumidores para futuras compras: BMW, Doritos, Dove Men+Care, GoDaddy, Mercedes-Benz, Nissan, Paramount (com o novo filme da franquia "Jurassic Park"), Pepsi, Skittles, Snickers, Toyota e WeatherTech.

Depois, vêm as que irão entreter, mas não devem ver retornos diretos nas vendas: Coca-Cola, Budweiser, McDonald's, Lexus, Bud Light, Mophie e Squarespace.

Já as que não irão entreter, mas irão engajar: KIA e Wix.

Por fim, as que não irão nem divertir e nem engajar: Nationwide, Carnival Cruise Lines, Loctite, Avocados Mexico e TurboTax.

Acompanhe tudo sobre:EsportesSuper Bowl

Mais de Marketing

Amazon resgata música banida para reforçar apoio ao futebol feminino

Bob’s cutuca Méqui e BK em campanha romântica e dá Milk Shake em dobro para casais “rivais”

Jogo épico da final de Roland Garros pôde ser conferida em watch party promovida por Lacoste em SP

Starbucks oferece salário de até US$ 136 mil para criadores de conteúdo viajarem pelo mundo