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Airbnb anuncia noite incrível na Grande Muralha da China, porém...

Rede de hospedagem lançou concurso mundial para levar quatro sortudos para passar uma noite em uma das 7 maravilhas do mundo, mas esbarrou num obstáculo

 (Airbnb/Reprodução)

(Airbnb/Reprodução)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 13h49.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 13h54.

São Paulo - Um avião, uma casa na árvore, um iglu, uma cabana no melhor estilo Hobbit...a plataforma de casas e apartamentos para hospedagem Airbnb está cheia de lugares inusitados para quem busca muito mais do que apenas uma boa noite de sono.

Determinada a promover uma experiência "única na vida", a rede anunciou no começo do mês um novo concurso que levaria quatro pessoas e seus convidados para dormir no topo da Grande Muralha da China, tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade e uma das Sete Maravilhas do Mundo.

Para aderir à promoção, válida para todo o globo, os participantes foram convidados a responder as seguintes perguntas: "Por que é mais importante agora do que nunca quebrar barreiras entre culturas? Como você gostaria de construir novas conexões?"

O objetivo do concurso, segundo o Airbnb, era mostrar a Grande Muralha ao mundo e promover o turismo sustentável na China. Os vencedores ficariam alojados numa das torres da muralha, adaptada para se parecer com um quarto, com uma bela cama, mas sem teto nem janelas.

O programa incluía um jantar com vários pratos tradicionais, uma caminhada para conhecer a história da muralha e aulas de caligrafia chinesa. A julgar pelas fotos promocionais divulgadas pela empresa, a experiência realmente prometia ser espetacular — mas nem todos acharam que era uma boa ideia.

Na sequência do anúncio, os chineses manifestaram preocupação de que a investida pudesse prejudicar a estrutura histórica. Outros disseram que era errado para uma empresa como a Airbnb explorar o marco para fins publicitários e de relações públicas, relata a rede BBC.

De acordo com a mídia estatal chinesa, a comissão cultural de Yanqing, em Pequim, que supervisiona o trecho do muro que serviria para a hospedagem, disse que não estava sabendo do evento e que nenhuma aprovação foi dada.

Diante da repercussão negativa, o Airbnb cancelou a promoção. Em comunicado divulgado na terça-feira (7), a empresa diz que estava empolgada em promover a Grande Muralha e a herança cultural chinesa e "embora tenha havido um acordo em vigor que serviu de base para o anúncio deste evento, nós respeitamos profundamente o feedback que recebemos".

A empresa diz ainda que tomou a decisão de não avançar com o concurso e que, em vez disso, continuaria trabalhando em uma série de outras experiências e iniciativas para promover o turismo no país.

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