Ação da Adidas: chuteiras do atacante Salah dispostas no Museu Britânico (Adidas/Divulgação)
Guilherme Dearo
Publicado em 18 de maio de 2018 às 15h33.
São Paulo - Nome de destaque nos últimos meses, o jogador egípcio Mohamed Salah colocou seu nome na história do futebol. Atacante do Liverpool, Salah foi artilheiro do último campeonato inglês (que não conquistou), com 32 gols. Ele se tornou o maior goleador da história do campeonato em uma temporada e levou a chuteira de ouro da Premier League.
Salah ainda tem chance de fazer história em duas oportunidades: ao tentar derrotar o Real Madrid na final da Liga dos Campeões, que acontece em 26 de maio, e ao tentar levar a seleção do Egito o mais distante possível na Copa da Rússia, que começa em junho.
A Adidas, pensando em consagrar ainda mais o mito de Salah, criou uma ação de marketing em Londres: colocar o par de chuteiras do jogador no famoso Museu Britânico, como se fosse uma relíquia histórica e rara.
As chuteiras X17 Deadly Strike da Adidas ficarão disponíveis aos olhos dos visitantes ao logo da semana que vem, antes da final da Champions League.
https://www.youtube.com/watch?v=doX02SkWOcs
A ação, contudo, não deixa de ser meio estranha. O British Museum é muito famoso, claro, pela extensa coleção de arte do Egito Antigo, além de artefatos milenares de outros povos e civilizações.
Mas isso não vem sem críticas: o Egito clama pelo retorno de várias peças e obras e tem muitos apoiadores. Afinal, muitos dos itens ali dispostos foram pilhados do Egito por tropas britânicas, durante a colonização e exploração do continente africano.
Esfinges, esculturas e sarcófagos banhados a ouro com milênios de existência não foram à Europa como presente, claro.
Assim, soa um pouco estranho as chuteiras representando o egípcio Salah serem colocadas em meio às belas, mas polêmicas, artes do Egito Antigo.
Confira as imagens: