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Abap vai coordenar concorrências privadas

Entidade também apresentou pesquisa do IBGE, indicando que a indústria da comunicação movimentou mais de R$ 115 bi em 2008

Lara: "Não podemos agora, que estamos com um mercado interno forte, exportar talentos para outros mercados" (Paulo Múmia / Divulgação)

Lara: "Não podemos agora, que estamos com um mercado interno forte, exportar talentos para outros mercados" (Paulo Múmia / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 21h37.

São Paulo - A diretoria executiva da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) e o conselho diretor da entidade discutiram na última reunião do ano, que está sendo realizada nesta segunda-feira (6), em São Paulo, assuntos de interesse do mercado que estavam na pauta, aguardando definições, como por exemplo o trabalho de melhoria das concorrências privadas.

De acordo com Luiz Lara, presidente da Abap, o processo terá inicio em janeiro nos mercados de Rio de Janeiro e São Paulo, em caráter de orientação. A proposta é oferecer aos anunciantes que realizem concorrências privadas um guia de boas práticas, que está sendo finalizado pela Abap. Entre as medidas requisitadas estão: realização de concorrências com a participação de, no máximo, cinco agências, prazo de 20 dias para finalizar o trabalho e que não envolva a finalização das peças.

“Nós entendemos que o que vale é o valor das ideias, a estratégia e o planejamento da ação. O objetivo desse processo é evoluir nas práticas das concorrências privadas. Estamos conversando com a ABA [Associação Brasileira de Anunciantes] também. Entendemos que essas são medidas de bom senso”, avalia Lara.

IBGE

Na reunião, também foram apresentados os números da pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a indústria da comunicação referente ao ano de 2008. Em 2008, a indústria movimentou em receitas R$ 115.209,582 bilhões, o que representa um crescimento de 17% em relação à última pesquisa do instituto em 2007, ano em que o setor faturou R$ 98.369,433 bilhões.

Outro destaque foi a apresentação do estudo que está sendo realizado pela ESPM em parceria com a Abap para o lançamento dos 40 indicadores de sustentabilidade. Após a finalização da pesquisa, os indicadores que contemplam a relação das agências com clientes; manutenção do escritório, como armazenamento do lixo; e campanhas que podem ser realizadas a favor do meio ambiente serão colocados em um hotsite para que a sociedade possa participar.  Depois disso, também será lançado um prêmio, que deve acontecer no final de 2011.

Por fim, discutiu-se a reeleição de Luiz Lara para mais um biênio à frente da Abap. O pedido dos presentes para a permanência dele foi unânime. O executivo, que é CEO da Lew’Lara\TBWA, disse que vai pensar sobre o assunto. “Estou avaliando, o pedido aqui foi forte, unânime, recebi vários emails, mas para mim é muito complicado. Abap exige muito tempo e dedicação, e eu tenho compromisso com meus clientes e sócios”, ressaltou ele. O mandato de Lara na Abap termina em abril de 2011.

O executivo destacou também  o apoio da Abap à Apro (Associação Brasileira das Produtoras de Audiovisual) na tomada de medidas sobre a questão da nova Lei da Mídia na Argentina, que abre protecionismo ao mercado local, exigindo que toda produção que seja exibida naquele país tenha 60% de participação de argentinos. Ou seja, filmes produzidos em outros mercados não poderão ser veiculados na Argentina.  “Não podemos agora, que estamos com um mercado interno forte, exportar talentos para outros mercados, perdendo recursos no Brasil”, avaliou Lara.

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