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A Pepsi vai usar o rosto de Bolsonaro em suas latas?

Boato que corre na internet desde a última semana é falso, assim como a informação de que a Coca-Cola teria apresentado prejuízos após a campanha

Falsa montagem traz Bolsonaro em rótulo da Pepsi (Reprodução/Reprodução)

Falsa montagem traz Bolsonaro em rótulo da Pepsi (Reprodução/Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 10h30.

Última atualização em 12 de dezembro de 2017 às 14h27.

São Paulo – Uma série de blogs e páginas nas redes sociais difundiram no decorrer da última semana a “informação” de que a Pepsi estamparia o rosto do deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro em suas latinhas (veja montagem acima).

A ação seria uma resposta à Coca-Cola, que anunciou recentemente a impressão de rostos de artistas brasileiros em suas embalagens, entre eles, a cantora Pabblo Vittar, como parte de uma campanha de fim de ano.

No entanto, a informação que corre na internet é falsa, assim como outras que derivaram dela. Um dos portais chegou a veicular que a Coca-Cola teria demitido 3.500 funcionários no país após um prejuízo bilionário.

A Coca-Cola, de fato, irá lançar nos últimos dias de dezembro uma campanha publicitária com o rosto de nove artistas brasileiros, entre eles, Pabllo Vittar, Luan Santana e Ludmilla. Três dos nomes serão escolhidos pelo público para gravar um videoclipe e realizar um show.

No entanto, a empresa lembra a EXAME que as novas latas ainda estão começando a ser distribuídas ao mercado, e nega qualquer prejuízo prévio relacionado à nova campanha. Vale lembrar que a marca não costuma divulgar informações sobre o faturamento específico de cada país.

A parte que diz respeito à Pepsi também é inteiramente falsa, como atestou ao site EXAME a própria companhia que a produz no Brasil.

“A PepsiCo informa que não está produzindo latas de Pepsi com a fisionomia de personalidades brasileiras, não há previsão da realização de nenhuma ação deste tipo neste momento”.

A empresa ainda ressalta que não divulga dados regionais de negócios nos países onde atua. Portanto, notícias sobre eventuais oscilações de vendas, decorrentes de uma suposta ação de marketing, devem ser vistas com desconfiança.

 

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