Usuários gastam, em média, 2h30 por dia nas redes sociais; hábito de rolagem infinita está ligado à perda de concentração e aumento da ansiedade (kimberrywood/Thinkstock)
Redação Exame
Publicado em 20 de abril de 2025 às 16h44.
*Por Gláucia Montanha
A expressão “brain rot” (ou “podridão cerebral”, em português) foi eleita a palavra do ano de 2024 pelo Dicionário Oxford. Mesmo em 2025, o termo continua altamente relevante — especialmente à luz dos dados mais recentes do Relatório Global de Visão Geral Digital 2025, publicado por We Are Social em parceria com a Meltwater, que mostram:
"Brain rot" é um termo que descreve a deterioração cognitiva causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco estimulantes. Esse fenômeno está associado ao uso compulsivo das redes sociais, especialmente ao hábito do infinite scrolling (rolagem infinita) em feeds digitais.
Quantas vezes nos vemos imersos em navegações sem propósito pelas plataformas sociais, consumindo passivamente vídeos curtos, memes e outros conteúdos de baixa complexidade? Esse padrão de comportamento tem afetado nossa capacidade de concentração, enfraquecido o pensamento crítico e, em casos mais extremos, comprometido a saúde mental como um todo.
Esse comportamento resulta em:
A solução vai além da simples redução do tempo de tela – que, de fato, já dominou nosso cotidiano – e passa pela substituição consciente de hábitos. Eis algumas estratégias eficazes:
Nossa mente precisa tanto de estímulos qualificados quanto de momentos de pausa. Cabe a nós dosar essa equação no mundo hiperconectado em que vivemos.