83% dos brasileiros já fizeram compras acima de 100 reais com base nas recomendações de influenciadores (PixelVista/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 10h09.
Os influenciadores estão se tornando cada vez mais parte das estratégias das marcas para conversar com os consumidores. É o que mostra um estudo realizado pela Rakuten Advertising, rede global de marketing de performance.
A pesquisa analisou preferências e hábitos de consumidores de Austrália, Brasil, França, Alemanha, Reino Unido e EUA para identificar as tendências que estão impulsionando esse crescimento. Hoje, cerca de 80% consumidores confiam nas recomendações dos influenciadores e 61% deles afirmam ter realizado uma compra com base em uma recomendação de influenciador nos últimos seis meses. Além disso, 64% disseram que descobrem novos produtos por meio de criadores de conteúdo diariamente ou semanalmente.
“As marcas estão investindo cada vez mais na estratégia dos influenciadores muito pelo comportamento dos próprios consumidores que estão os vendo como figuras mais próximas, em vez de apenas como profissionais de marketing. Essa autenticidade fomenta a confiança e resulta no aumento das vendas”, explica Salomão Araújo, VP Comercial da Rakuten Advertising.
Com relação aos cliques, 74% dos entrevistados consideram conveniente comprar diretamente por um link de influenciador. Entretanto, 32% têm preocupação sobre o tracking e a coleta de dados, mesmo em um cenário de leis de proteção de dados. “Os links são parte fundamental da estratégia, principalmente pela possibilidade de rastreamento. Essa combinação oferece uma visão completa do impacto dos criadores, incluindo métricas pós-clique e de vendas. Além disso, o rastreamento de desempenho ajuda a justificar o valor dos programas, permitindo um aumento de investimento em todos os canais de marketing”, reforça o VP Comercial.
Ainda dentro das preferências dos consumidores, 84% deles disseram que param de seguir um influenciador quando eles percebem que ele não está sendo autêntico. Nesse cenário, uma porcentagem crescente dos consumidores está migrando para os microinfluenciadores. “Os microinfluenciadores frequentemente atraem públicos que estão ativamente procurando produtos, e consistentemente demonstram taxas de engajamento mais altas”, comenta.
O estudo mostra que 83% dos brasileiros já fizeram compras acima de 100 reais com base nas recomendações de influenciadores, e os vídeos curtos são a preferência de 55% dos entrevistados. “O conteúdo em vídeo é essencial no mercado em rápido crescimento do Brasil. Dentro disso, o TikTok deve ser um ponto de atenção para as marcas, já que ainda não é a rede preferida da população do país, que opta por Instagram e Youtube, mas segue em ascensão”, finaliza Araújo.