Marketing

8 tendências de marketing e do mundo digital que vão definir 2017

Estudo da Fjord Accenture revela as oito tendências digitais que darão o tom para marcas e empresas em 2017

Tendências de 2017: oito fatores para se levar em conta  (Thinkstock)

Tendências de 2017: oito fatores para se levar em conta (Thinkstock)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 14h49.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 14h56.

São Paulo – O ano de 2016 revelou um mundo cada mais conectado. Novas tecnologias estão mudando rapidamente a relação entre marcas e consumidores e o modo como esses consumidores vivem no dia a dia.

Entre as tecnologias que se destacaram em 2016 e estarão mais presentes em 2017 estão os carros conectados, as casas inteligentes e os assistentes pessoais (como a Siri e a Cortana).

No mundo do marketing, os chat bots de marcas conversando com consumidores e até vendendo e entregando produtos; as experiências em redes sociais tendo um peso crescente na relação consumidor-marca; e um storytelling curto, direto e ao vivo (como o Facebook Live e as histórias de marcas no Snapchat).

O que acontecerá, agora, em 2017? O relatório Fjord Trends 2017 traz algumas boas respostas.

O estudo da Fjord, braço de design e inovação da Accenture Interactive, traz as tendências do marketing e do marketing digital para marcas e empresas no próximo ano.

Confira as oito tendências que nos esperam em 2017:

1. Histórias efêmeras

Em um mundo onde todo mundo é um storyteller em potencial, o que fazer? Em 2017, marcas continuarão a contar histórias - focando no que elas estão fazendo, não apenas "no que estão dizendo". Além disso, marcas terão de dar alguns passos para atrás e dar mais espaço para que os próprios consumidores contem as suas histórias, à sua maneira. Histórias ao vivo e rápidas continuarão a dar o tom.

2. Reprogramando

O maior desafio de qualquer marca e empresa será responder às mudanças, se adaptar às inovações com agilidade. Elas terão de centrar seus esforços nas pessoas. A partir delas, a transformação ocorrerá. Será preciso, primeiro, inspirar pessoas/líderes/funcionários para criar, depois, um ambiente amigável às inovações e propenso a elas.

3. Realidade embaçada

Realidade virtual e realidade aumentada se tornaram assuntos mais frequentes em 2016 e continuarão a ter espaço em 2017. Além disso, veio a realidade mista. O Pokémon GO, por exemplo, foi um exemplo das realidades misturadas levadas a um mercado amplo. A tendência é que as marcas e empresas trabalhem mais com essa fronteira que mistura realidade virtual e real em seus serviços e experiências.

4. Eu, eu mesmo e Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial está amadurecendo como ideia, embora ainda não seja uma realidade. Mas está evoluindo exponencialmente, como visto em chat bots, assistentes pessoais e outros programas de mensagens instantâneas. Em 2017, a IA continuará no foco de empresas e seus projetos, que precisarão torná-la mais emocionalmente inteligente e com mais capacidade de aprendizado – o que pavimentará o caminho para a nova geração de serviços digitais.

5. Mundo sobre rodas

Carros autônomos estão perto de se tornar realidade e fazer parte do dia a dia das pessoas. Assim, marcas e empresas já devem pensar em como responder a isso. Essa postura proativa trará recompensas e oportunidades. Os outros ficarão para trás. Já as montadoras tradicionais verão seu negócio mudar totalmente e terão de pensar nas novas expectativas dos consumidores. O carro, além disso, começará a ser visto em 2017 também como um dispositivo móvel (como um smartphone - claro, o carro já é móvel no sentido mais óbvio), que precisará estar conectado e integrado a serviços.

6. Casas sem limites

A casa conectada já é uma realidade. Mas não parece tão inteligente assim. Ainda. Em 2016, serviços como Google Home e Amazon Echo deram as caras. Mas uma casa conectada à internet virou quase um clichê. Falta algo para além dessa conexão. Marcas e empresas precisarão pensar em criar e desenvolver novas experiências nos lares dos consumidores a partir da internet e de outros tecnologias – e cada experiência feita de maneira personalizada e individual.

7. Marcas como ampulhetas

De um lado, há marcas que prometem tudo a todos. Elas se vendem como capazes de oferecer qualquer coisa e englobam uma grande parcela da vida. Do outro lado, há marcas muito especializadas e que focam em uma única coisa, bem específica e detalhista. Em 2017, o desafio serão para as marcas que se sentam no meio do caminho e não sabem muito bem onde estão. Elas terão de se perguntar o que querem. Quem querem ser. Para qual lado ir.

8. Consequências inesperadas

As marcas terão de lembrar que suas ações têm consequências. Atualmente, marcas e empresas se centram totalmente no consumidor e em sua experiência. Tudo é feito para agradá-lo e o ambiente digital fortaleceu isso. Mas as ações reverberam para muito além do cliente. Por exemplo, a Airbnb que preza pela satisfação de seus clientes que alugam casas e apartamentos. Por outro lado, para além do consumidor feliz, há a realidade do impacto de seu serviço no mercado imobiliário local. Pensar nas consequências para além de um consumidor, sim na sociedade como um todo, forçará marcas e empresas a enfrentarem agendas que vão da revisão de sua ética de negócio até debates sobre legislação.

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