São Paulo - Confira a seguir as dez notícias de Marketing que marcaram a semana:
Prêmio máximo - O Brasil saiu com o prêmio de maior prestígio do Festival de Publicidade de Cannes: o Grand Prix de Filme, pelo filme "100", feita pela F/Nazca para as câmeras Leica. O vídeo é uma ode ao poder da fotografia na história.
Tudo vermelho - Depois de chamar a atenção com os seus sanduíches totalmente negros, o Burger King do Japão lançou os hambúrgueres vermelhos. Pão, queijo, molho: tudo vermelho graças a um corante à base de tomate.
Mudança sutil - O Facebook fez pequenas mudanças em seu logo na semana que passou. Está quase igual, mas com pequenas mudanças na tipografia que somente olhos mais atentos e treinados perceberam de imediato.
Quantos escravos? - Uma campanha da ONG Made In a Free World divulgou uma ferramenta que calcula, a partir de seus gastos, consumo e padrão de vida, quantos escravos trabalham para você. O resultado é um chocante alerta.
Bilhões e bilhões - Uma pesquisa inédita, a partir de dados solicitados pelo jornalista Fernando Rodrigues, revela que o governo federal gastou, desde 2000, 23 bilhões de reais com compra de mídia. Um esforço de propaganda e tanto.
Nova marca - A rede fast fashion H&M anunciou que está trabalhando na criação de uma nova marca irmã, que deve estrear em 2017. Eles prometem algo totalmente diferente do que já foi feito.
Suspensão - A Anvisa suspendeu toda a publicidade dos produtos Magnephoton. São espécies de calçados que prometem poderes de cura, como problemas na lombar e no nervo ciático. Segundo a Anvisa, os produtos não tem cadastro e regulamentação.
Protesto - Uma marca de lingeries resolveu fazer um "protesto político" em sua nova campanha: usando trajes mínimos, uma modelo diz que o povo quer "transparência", em referência aos casos de corrupção.
Desenhos - Um artista resolveu divulgar suas habilidades na internet com vídeos que mostram seus desenhos hiper-realistas. Ele desenha embalagens famosas, que se confundem com os produtos de verdade.
Comerciais da semana - Uma série de comerciais incríveis chamaram a atenção na semana. Há o "homem que morre muitas vezes" e tenta dar um recado importante; uma africana que chocou o público na maratona da França; um vídeo que reúne todos os pesadelos de quem usa muito um smartphone; as pessoas que decidiram tatuar o seu amor pelo Burger King; uma campanha perturbadora que mostra os horrores da guerra em imagens reais; o vídeo da Pampers onde os bebês avisam quando vão fazer cocô; e o cachorro especial que ganhou uma cadeira de rodas adaptada.
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1. Questão de sobrevivência
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1/7 (Reprodução)
São Paulo - Uma
marca nasce com um belo nome. E ele parece perfeito. Mas as décadas passam. As pessoas mudam, o mundo muda. De repente, aquele nome tão ajustado ganha um novo significado terrível ou totalmente fora de seu tempo. É preciso mudar - e rápido. Ser obrigado a mudar nome, identidade visual e personalidade é um passo drástico e complicado para qualquer marca e empresa. Em geral, as companhias são aconselhadas a evitarem ao máximo essas mudanças. Uma pesquisa britânica da MillwardBrown descobriu que marcas que mudam seus nomes devem esperar por uma queda imediata nas vendas, entre 5% e 20% certamente. Somente com o tempo a nova identidade pode se fortalecer e entrar na mente das pessoas.
Confira, na galeria de imagens, exemplos de marcas que foram obrigadas a mudar de nome.
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2. 1. Ayds
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Marca: Ayds
O que aconteceu: A marca americana de doces dietéticos tinha um nome comum até 1981, quando a Aids foi descoberta. Eles não se importaram muito com o fato até 1987, quando a epidemia já era gritante e o nome Aids já era mundialmente famoso - e odiado. A empresa mudou o nome da marca para Diet Ayds, mas não adiantou muito coisa. O doce acabou desaparecendo do mercado.
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3. 2. ISIS
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Marca: ISIS O que aconteceu: A marca belga de chocolate se chamava, originalmente, Italo Suisse. Em 2013, decidiu mudar de nome e escolheu o aparentemente inocente ISIS. A festa durou pouco. Em 2014, o grupo terrorista ISIS (Estado Islâmico) emergiu, se tornou mundialmente famoso e foi impossível de manter o nome. Da ideia original, só sobrou a coroa: a marca mudou para Libeert.
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4. 3. Hot Mama
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4/7 (Reprodução)
Marca: Hot Mama O que aconteceu: A marca de roupas Hot Mama foi fundada em Minnesota por um casal e logo se tornou uma cadeia com 48 lojas. Mas os donos sempre enfrentaram problemas: os clientes achavam que era uma loja voltada para a maternidade. E mais: muita gente maliciosa ligava o nome da loja à pornografia (basta pesquisar "Hot Mama" no Google para entender a confusão). A marca acabou mudando para Evereve.
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5. 4. Sci Fi Channel
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5/7 (Reprodução)
Marca: Sci Fi Channel O que aconteceu: Em 2009, a NBC-Universal decidiu mudar o seu canal Sci Fi Channel. Para os executivos, o nome já estava antigo e não pareceria mais tão "futurístico". A mudança foi inteligente: de Sci Fi para Syfy. Assim, eles fizeram com que a pronúncia fosse a mesma e pouco mudasse. A diferença é que agora eles poderiam ter o copyright do nome - Sci Fi, uma abreviação de Science Fiction, não podia ser comprado.
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6. Bônus: Malaysia Airlines
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6/7 (Wikimedia/Laurent ERRERA)
Marca: Malaysia Airlines O que pode acontecer: Quem foi obrigado a repensar seu nome foi a companhia aérea Malaysia Airlines - que se viu envolvida em duas tragédias em poucos meses. Primeiro, o voo MH370 que desapareceu em março de 2014. Depois, em julho, o voo MH17 que foi abatido por um míssil na Ucrânia. Com o nome da companhia tão ligado às tragédias e ao medo de acidentes de avião, os executivos já pensam em mudar tudo. O CEO Christoph Mueller quer, até 2017, gastar 1,7 bilhão de dólares na reestruturação da companhia - e isso poderia incluir a mudança total do nome e identidade visual.
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7. Agora confira os casos de garotos-propaganda que não consomem o que vendem
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7/7 (Reprodução)