Grandes filósofos já se debruçaram sobre a finitude do conhecimento humano (manx_in_the_world/Getty Images)
Colunista
Publicado em 30 de outubro de 2023 às 16h12.
Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 16h40.
Quais são os nossos conhecimentos? O que ainda não conhecemos? Certa vez, o filósofo Descartes escreveu: “Daria tudo que sei pela metade do que não sei”.
A grande maioria das coisas que não sei não será diretamente útil para mim ou para a humanidade se eu vier a saber. Mas, muita coisa poderia ser. Como fazer essa seleção já que ainda não foi inventado um chip cerebral com trilhões de informações prévias a ser implantado nos recém-nascidos?
Esse filtro é um mistério. Principalmente nos dias de hoje, quando a informação está banalizada. Os meios de comunicação buscam formar opiniões e não mais prestam a importante tarefa de informar para que os ouvintes construam o seu próprio diagnóstico sobre um determinado tema.
Desta forma, apesar de haver a cada dia muito mais plataformas e fontes de informação, ao mesmo tempo ficou muito mais difícil a tarefa de ser seletivo pela metade do que não sei.
É preciso definir o que se quer ouvir, ver e ler dentro de um plano de evolução humana e criar mecanismos para obter mais informação com menos poluição de opiniões e dados que só beneficiam aqueles que buscam vender os seus projetos pessoais.
Conhecimento é a única coisa que ninguém nos tira. Contudo, não vale nada se este conhecimento não tiver valores, princípios e propósitos claros que permitam o crescimento daquele que os tem, bem como de toda a comunidade que o cerca.