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Diversidade e inclusão são assuntos levados a sério por empresas comprometidas

Conheça iniciativas que promovem mais equidade no setor privado

Projetos e mentorias no setor privado são capazes de oferecer oportunidades e promover a igualdade (Alvaro Medina Jurado/Getty Images)

Projetos e mentorias no setor privado são capazes de oferecer oportunidades e promover a igualdade (Alvaro Medina Jurado/Getty Images)

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 13h13.

Desigualdade entre homens e mulheres, ricos e pobres, negros e brancos, heterossexuais e homossexuais é um problema estrutural no Brasil. Entre tantos eixos de discussão em torno dessa problemática, vale a reflexão a respeito das grandes diferenças ainda existentes no mercado de trabalho.

Em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o público feminino recebe cerca de 20% a menos do que o masculino. Pensando em raça, trabalhadores negros chegam a ter uma remuneração ainda menor, 40% inferior à de um branco. A diferença salarial também tem uma grande amplitude em análises relacionadas a cargos ocupados por pessoas que fazem parte de grupos das chamados minorias.

Outra reflexão pertinente é a de representatividade, sobretudo em cargos de liderança que são, no cenário global, ainda majoritariamente ocupados por homens brancos.

Nesse contexto, o ponto positivo é que, atualmente, emergem inúmeros movimentos e investimentos sociais privados que fomentam a reflexão em busca da equidade salarial, social, de oportunidades, representatividade etc.  Com o tema ESG em alta, organizações de diversas esferas estão se conscientizando de que a criação de programas de diversidade e inclusão devem fazer parte dos planejamentos em torno da sigla ancorados nos pilares de social e de governança.

Então, como fazer parte da solução de uma forma prática? Para estar mais preparado a respeito do tema, veja a seguir alguns modelos de ações e programas de quem está em busca de contribuir com a redução da desigualdade no mundo corporativo.

Uma comunidade global e engajada

O YPO, comunidade global de CEOs de grandes empresas unidos pela crença em formar líderes melhores, já tem três iniciativas que abrangem os três principais grupos impactados que lutam por equidade: mulheres, jovens em situação de vulnerabilidade e negros.

A primeira delas é o projeto ATHENA, cujo objetivo é impulsionar a diversidade feminina na organização. Com o nome inspirado em uma deusa da mitologia grega, simbolizando toda a representatividade, poder e importância do papel da mulher, fomenta um esforço coletivo para o ingresso de CEOs mulheres na comunidade.

Ainda no YPO, de uma parceria com o instituto @Chroma da Fesa, nasceu outro importante programa, nesse caso, voltado à mentoria de jovens em condições de vulnerabilidade.  Por meio dele, muitos CEOs como eu, colunista aqui desta página para a Exame, levantaram as mãos para ingressar na iniciativa e aprender novos conceitos sobre como ser um bom mentor e começar essa rica jornada com seus mentorandos.

Fazendo uma pausa neste artigo antes de apresentar o próximo programa, tive o privilégio de receber como mentoranda a Carla, que tem 22 anos, foi criada na periferia de São Paulo, é filha de pais que pouco puderam estudar, mas, com muito esforço, garra e superação, hoje está licenciada em matemática, morando sozinha, trabalhando ao mesmo tempo em que busca oportunidades para novos desafios profissionais.

O último exemplo de ação do YPO para inspirar você, caro leitor, é fruto de uma parceria com o Instituto Pactuá e FESA Group com o intuito de desenvolver um programa de Mentoria Mútua. O projeto tem o objetivo de impulsionar a carreira de negros em posição de alta liderança e não apenas expandirá o repertório dos integrantes do YPO sobre diversidade e inclusão, mas também fomentará uma conversa fundamental sobre questões étnico-raciais para criar ambientes corporativos mais diversos.

Uma empresa privada

Se para você os exemplos acima podem parecer mais distantes, há também empresas nacionais privadas bastante engajadas com o tema da inclusão, pensado sob o aspecto da educação e do desenvolvimento integral do ser humano.

Esse é o modelo adotado pela Engeform, que acaba de lançar a sua Academia com o objetivo de oferecer aos colaboradores um ambiente seguro, acolhedor e propício ao desenvolvimento. A ideia é ter os profissionais como protagonistas em várias trilhas de aprendizagem que lhes proporcionem formação integral, aprimoramento da carreira, um sentimento perene de felicidade no trabalho e, por consequência, impacto positivo aos negócios da própria companhia   

Por fim, espero que esses exemplos possam inspirar você e a sua empresa a refletirem sobre o quanto é urgente uma aliança empreendedora forte entre organizações dos mais diversos setores para o desenvolvimento de iniciativas concretas para o aumento da diversidade e inclusão.

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