(Reprodução/Thinkstock)
Marília Almeida
Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 18h42.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2022 às 20h29.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, nesta quarta-feira, 2, aumentar a taxa básica de juro da economia, a Selic, de 9,25% para 10,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado. É o maior patamar em quase cinco anos.
A taxa básica de juros deve continuar a subir. Segundo o último boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo BC com as projeções do mercado, a expectativa é que a Selic encerre 2022 a 11,75% ao ano.
A seguir, veja uma simulação de quanto rendem 5.000, 10.000 e 15.000 reais na poupança, em um CDB, em um fundo DI ou no Tesouro Selic com a nova taxa, em diferentes prazos, considerando que o investidor resgate o valor após o período estipulado.
Na simulação que tem o objetivo meramente ilustrativo para o investidor pessoa física, foi considerada a taxa da curva de juros vigente no dia da publicação desta matéria (a curva de juros muda diariamente). Os valores da simulação já descontam o Imposto de Renda, cobrado em todas as aplicações, exceto na poupança, que é isenta.
Vale dizer que a taxa Selic serve de referência para a definição do CDI e que ambos operam com taxas diárias que variam. Uma nova alta da Selic, como é aguardada pelo mercado na próxima reunião do Copom em março, alterará esse cálculo.
Com a Selic em 10,75% ao ano, investimentos de renda fixa, como CDBs com taxas pós-fixadas, fundos DI e títulos do Tesouro Selic, se tornam mais atrativos ao investidor por dois motivos: carrego e possibilidade de ganhos turbinados no curto prazo.
O carrego significa o acúmulo de juros diários incorporado ao título. Como boa parte das aplicações da renda fixa é atrelada ao CDI, esses investimentos passam a render mais a partir da alta de 1,5 ponto percentual.
A boa notícia para o investidor de renda fixa é que há projeção de aumentos adicionais da taxa Selic ainda neste ano, que irão aumentar ainda mais o carrego.
É importante, contudo, que o investidor analise a rentabilidade e os custos de cada aplicação.
O Tesouro Selic pode ser uma boa opção para quem está montando a reserva de emergência, já que o título é líquido e mantém o poder de compra do investidor ao longo do tempo.
Outra possibilidade é investir em um fundo DI simples (que aplica toda a carteira no Tesouro Selic) com taxa zero de administração.
Atualmente, o rendimento da caderneta é de 0,5% mais a taxa referencial. Mesmo isenta de Imposto de Renda, a poupança perde para todas as outras aplicações de renda fixa.
Em todos os prazos, CDBs de bancos médios, que pagam 110% do CDI são os mais rentáveis entre as opções analisadas.