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Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2022 às 18h00.
A previdência privada é um tipo de investimento que você faz para garantir um rendimento no futuro.
Você pode optar por uma previdência privada com um plano de benefícios definido ou uma com um plano de benefícios flexível. O tipo de plano que você escolher vai depender do seu objetivo e da sua situação financeira.
No entanto, antes de escolher uma previdência privada, é importante entender como ela funciona e quais são as modalidades disponíveis. Acompanhe!
A previdência privada é um tipo de investimento que tem como objetivo o pagamento de uma renda no futuro, geralmente na aposentadoria. O investimento é feito mensalmente e, diferentemente da previdência pública, é vinculado a uma instituição financeira.
Com a previdência privada, o indivíduo pode optar por diferentes tipos de planos, de acordo com suas necessidades e objetivos. Há planos que priorizam o capital acumulado e outros que oferecem maior proteção contra o risco de inflação.
De qualquer forma, a previdência privada é uma boa opção para quem quer complementar a aposentadoria do INSS. Isso porque, os valores recebidos podem ser usados para cobrir despesas extras, como medicamentos e cuidados médicos.
Para entender melhor como a previdência privada funciona, é preciso, antes de mais nada, fazer uma distinção entre fundos de previdência e planos de previdência.
Em resumo, os planos correspondem aos produtos que os investidores adquirem enquanto os fundos são os próprios investimentos. Na prática, um investidor que adquire um plano terá seus recursos aplicados em um fundo.
Assim como no caso dos fundos de investimentos, os fundos de previdência possuem carteiras distintas entre si. Sendo assim, o dinheiro poupado pode ser investido em produtos financeiros como títulos do Tesouro Nacional, ações, moedas estrangeiras, entre outros.
O funcionamento da previdência privada é bem simples: o investidor escolhe um plano de acordo com seus objetivos e disponibilidade de recursos, e faz um depósito mensal. Esse valor é aplicado em produtos financeiros (renda fixa ou variável) que garantem uma rentabilidade.
Vale destacar que os rendimentos dos investimentos dependem do mercado financeiro, mas o ideal é que seja superior à inflação para que o poder de compra do dinheiro não seja corroído.
No longo prazo, a previdência privada garante uma renda mensal na aposentadoria, complementando ou substituindo o benefício do INSS.
Para que isso aconteça, o poupador deve levar em conta uma jornada que é definida em duas etapas: fase de acumulação e fase de usufruto.
Na acumulação, o investidor realiza os depósitos para rentabilizar o capital e aumentar o valor do montante final.
Já no usufruto, o investidor começa a desfrutar o valor acumulado. Nesse momento, é possível escolher como será o resgate, que pode ser feito com um pagamento mensal, resgate total ou parcial.
Os planos de previdência privada são oferecidos por empresas seguradoras e podem ser contratados por qualquer pessoa, física ou jurídica.
As empresas oferecem diferentes tipos de planos de previdência privada, com características e benefícios distintos.
Nesse sentido, você encontra no mercado planos abertos ou fechados. No primeiro caso, eles são vendidos por instituições financeiras e podem ser adquiridos por qualquer pessoa. Já no segundo caso, conhecido também como fundos de pensão, eles são criados por empresas para atender somente a seus funcionários.
A previdência aberta segue as regras estabelecidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e é classificada em dois tipos:
Os planos PGBL são mais indicados para quem entrega a declaração do Imposto de Renda pelo modelo completo. Isso porque, ao contratar um plano PGBL você pode deduzir as contribuições realizadas de sua renda bruta tributável, até o limite de 12% ao ano.
Já o VGBL é mais indicado para quem preenche o formulário simplificado de imposto de renda, ou não precisa declará-lo.
A vantagem do VGBL sobre o PGBL é que no resgate o Imposto de Renda incide apenas sobre os rendimentos – e não sobre o valor principal das contribuições.
O responsável pela fiscalização dos planos fechados é a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar). Para aderir à previdência privada você precisa escolher um desses planos:
Em um plano do tipo DB, o valor dos benefícios que o poupador recebe é determinado no momento da adesão, calculado de acordo com o regulamento. Por isso, o valor das contribuições realizadas durante a acumulação pode variar para atender aos compromissos estabelecidos para o futuro.
Uma de suas principais características é a responsabilidade coletiva dos participantes. Assim, por exemplo, se o fundo tiver déficit, todos pagam por isso.
Atualmente, é difícil encontrar esse tipo de plano no mercado.
Nesse tipo de plano, o valor dos benefícios futuros é definido apenas no início dos pagamentos ao participante, conforme o montante acumulado. Lembrando que esse saldo dependerá do valor da contribuição e da rentabilidade alcançada com o investimento.
Diferente do que acontece no plano DB, aqui as contribuições não mudam ao longo do tempo, no entanto, o valor dos benefícios é incerto.
Os planos do tipo CV têm uma combinação de características BD e DC – ou seja, podem ser firmados em contas individuais (assim como planos de contribuição definida) enquanto fornecem renda vitalícia (típico de plano de benefícios) durante o usufruto.
Diante disso, é possível observar que a escolha do tipo ideal de plano vai depender das necessidades e objetivos do segurado.
Ao aderir a um plano de previdência privada, você se prepara para o futuro e garante uma renda extra na aposentadoria.
Além disso, ela permite que você tenha flexibilidade para escolher o tipo de plano que melhor se adequa às suas necessidades e objetivos.
Isso sem falar do acesso a produtos e serviços diferenciados. Na previdência privada, você tem acesso a uma variedade de produtos e serviços, como seguros, assistências médicas e odontológicas, entre outros.
Outro ponto positivo é que ela oferece a possibilidade de portabilidade. Isso dá ao investidor o direito de transferir o montante acumulado de um plano para outro, sem precisar resgatá-lo ou pagar imposto de renda.
Por fim, os incentivos tributários podem tornar o investimento mais vantajoso que outros tipos de aplicação financeira, sobretudo em um horizonte de longo prazo.
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