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Porsche: quanto preciso juntar por mês para comprar o carro em cinco anos

Sonha em ter o carrão? Especialista mostra que economia mensal está longe de ser barata

Taycan Turbo S: versão de topo de linha do elétrico mais vendido no país (Porsche/Divulgação)

Taycan Turbo S: versão de topo de linha do elétrico mais vendido no país (Porsche/Divulgação)

KS

Karina Souza

Publicado em 27 de agosto de 2021 às 19h02.

O sonho de ter um Porsche dominou as redes sociais na última semana -- especialmente o Twitter -- mas o fato é que os brasileiros já gostavam da marca bem antes disso. No primeiro semestre deste ano, mesmo com todas as restrições e pandemia, a montadora de carros esportivos e SUVs de luxo bateu recorde de vendas no país, com 1.753 veículos emplacados. Diante do interesse pela marca, cujos veículos de entrada começam em 379 mil reais, a questão que fica é: quanto é necessário juntar por mês para bancar esse luxo?

De acordo com cálculos da Aplix Investimentos, esse valor está longe de ser pequeno. Se considerado um período de cinco anos, com uma postura conservadora (rentabilidade de 0,5% ao mês), é necessário juntar 8.600 reais por mês num período de cinco anos para conseguir comprar o veículo.

Os cálculos estimam um valor final próximo de 600 mil reais, o que condiz com a demanda do público brasileiro dentro da marca. O modelo Taycan, por exemplo -- cujo preço começa em 615 mil reais --, foi o carro elétrico mais vendido no primeiro semestre deste ano, com 217 unidades.

Se o sonho é o de comprar um veículo como esse, Yuri Cavalcante, sócio e assessor da Aplix Investimentos, afirma que não é necessário apenas dispor do montante de mais de oito salários mínimos mensais. É preciso ter muito mais dinheiro do que essa “poupança” para o carro, cobrindo outros investimentos e a própria reserva de emergência.

“Tudo isso depende não só de quanto você ganha, mas de quais são seus gastos fixos. Não adianta pensar que um salário de 80 mil reais, por exemplo, pode trazer essa capacidade de forma instantânea. O fundamental é ter, além da capacidade de renda, gestão eficaz para controlar gastos e saber exatamente para onde o dinheiro está indo”, afirma Yuri.

Desconsiderando o aspecto de “sonho de consumo” atrelado ao carro e olhando somente como um bem a ser adquirido, fato é que comprar um carro está longe de ser um investimento lucrativo. À exceção dos últimos meses, em que a pandemia e a escassez de componentes encareceram até mesmo veículos usados, há outras formas de pensar em como gastar esse dinheiro.

“Olhando somente para o uso do carro, há opções de uso que podem ser muito mais lucrativas do que a compra, como o aluguel mensal, por exemplo. Colocando na ponta do lápis, essa é uma alternativa que pode sair muito mais barata do que manter um veículo, fazer revisão, pagar impostos, seguro, etc”, afirma Yuri.

É mais uma conta um tanto salgada. Uma rápida busca pela internet mostra que garantir proteção para um veículo como esse pode custar de 12 mil a 21 mil reais por ano. 

Mesmo assim, sonho é sonho -- e há, sim, quem possa bancá-lo. O conselho de Yuri para quem quer investir no veículo é um só: planejamento. “Olhe bem para os seus gastos antes mesmo de olhar quanto você ganha por mês e faça um planejamento bem realista para se preparar para uma compra como essa. Assim, as chances de sucesso são maiores”, diz.

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