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Mapa de carreira: quando não sabemos para onde vamos, qualquer caminho serve

Mais do que talento e esforço, mulheres precisam de estratégia, rede de apoio e autoconhecimento para liderar suas carreiras

Carolina Cavenaghi: mais do que talento e esforço, mulheres precisam de estratégia, rede de apoio e autoconhecimento para liderar suas carreiras

Carolina Cavenaghi: mais do que talento e esforço, mulheres precisam de estratégia, rede de apoio e autoconhecimento para liderar suas carreiras

Carolina Cavenaghi
Carolina Cavenaghi

Cofundadora e CEO da Fin4she

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 11h06.

Ao longo da última década, vimos crescer a presença feminina em diversas frentes do mercado de trabalho. O avanço é inegável, mas ainda está longe de representar uma equidade real. Quando olhamos para cargos de liderança, para os conselhos de administração e para o comando de grandes decisões econômicas, a presença das mulheres ainda é tímida. A questão, portanto, não é apenas sobre acesso: é sobre permanência, influência e protagonismo.

A construção de uma carreira sólida, especialmente para mulheres, não depende exclusivamente de competências técnicas. Depende de visão, planejamento, e de uma estratégia pessoal clara para navegar os desafios — que, sim, são maiores para nós. Falta ainda um elemento essencial: permissão. Quantas de nós, mesmo sendo competentes, ainda sentimos que não temos “o perfil” para ocupar determinadas posições? Quantas carregam dúvidas internas que bloqueiam a evolução profissional?

Nos últimos anos, acompanhei de perto a jornada de muitas mulheres no mercado financeiro e corporativo. Em mentorias, eventos e formações, ouvi relatos potentes, percebi padrões e identifiquei pontos comuns que impedem o avanço das carreiras femininas. E, apesar dos contextos diversos, uma constatação se repetia: a maioria delas nunca tinha parado para desenhar um plano de carreira com clareza. Os passos eram dados conforme as oportunidades apareciam, não com base em um mapa traçado intencionalmente.

Essa ausência de direcionamento é perigosa. Quando não sabemos para onde vamos, qualquer caminho serve, ou, pior, acabamos andando em círculos. Para que mulheres possam liderar suas jornadas com consciência e assertividade, é fundamental que tenham um norte. É por isso que desenvolvi o MEP — Mapa de Empoderamento Profissional, uma metodologia exclusiva que une planejamento estratégico com autoconhecimento e propósito.

O MEP nasceu da necessidade de criar uma ferramenta prática, aplicável e profunda. Ele é dividido em cinco etapas, cada uma desenhada para ajudar mulheres a refletirem sobre sua trajetória, identificarem seus potenciais, mapearem objetivos e construírem um plano que faça sentido. Mais do que uma ferramenta de carreira, o MEP é um exercício de autonomia. Porque só consegue trilhar com liberdade quem sabe aonde quer chegar.

Além do conteúdo técnico e estratégico, o MEP também traz uma provocação: o que te move? Que tipo de impacto você quer causar com o seu trabalho? Que legado deseja construir? Essas perguntas são fundamentais para alinhar nossa vida profissional aos nossos valores e, consequentemente, conquistar mais satisfação, segurança e pertencimento na jornada.

Outro diferencial do método é o estímulo à construção de redes de apoio. Nenhuma mulher precisa (ou deve) fazer esse caminho sozinha. Conexões verdadeiras com outras mulheres são parte do processo de empoderamento. Ao trocar experiências, referências e apoio, criamos uma cadeia de fortalecimento que nos ajuda a avançar como indivíduos e como coletivo.

Não se trata apenas de sonhar com cargos de liderança. Trata-se de entender quais são os seus objetivos, o que precisa desenvolver para alcançá-los, e quais recursos, internos e externos, estão disponíveis para isso. O MEP é, acima de tudo, um convite para que as mulheres deixem de apenas reagir às oportunidades e passem a liderar seus próprios movimentos.

Claro, nenhuma ferramenta por si só transforma uma realidade tão complexa. Mas quando mulheres se colocam em movimento, com propósito e estratégia, os resultados aparecem. Carreiras mais sólidas. Decisões mais conscientes. Posicionamento mais firme. E, principalmente, uma nova relação com o trabalho: mais alinhada com quem somos e com o que queremos construir no mundo.

O que falta, muitas vezes, não é capacidade. É clareza. E, com clareza, conseguimos transformar caminhos em conquistas.

Quantas vezes você já parou para pensar, com profundidade, nos rumos da sua carreira? E se você pudesse redesenhar esse caminho com intenção, propósito e estratégia, por onde começaria? As respostas nem sempre são simples, mas é nelas que começa a transformação.

Se você tiver interesse, nós liberamos a aula inaugural do MEP para quem quiser assistir e conhecer o programa. Basta acessar aqui.

O MEP é uma proposta para que mais mulheres ocupem seus espaços com consciência, força e direção. Porque não basta chegar lá, é preciso chegar sendo quem você é. E fazer disso um ato de liderança.

Acompanhe tudo sobre:Carolina Cavenaghiplano-de-carreiraMulheres

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