Invest

Em 2023, a Fin4She defendeu a inclusão, potencializou as conexões e promoveu a liberdade financeira

Daqui para a frente, os planos são impactar ainda mais a vida de centenas de mulheres e continuar, pouco a pouco, ajudando a transformar o mercado de trabalho brasileiro

Carolina Cavenaghi: nos esforçamos para mostrar que não basta a empresa criar uma “maquiagem” para se adequar à cobrança social por igualdade e cuidados ambientais (Fin4she/Acervo pessoal)

Carolina Cavenaghi: nos esforçamos para mostrar que não basta a empresa criar uma “maquiagem” para se adequar à cobrança social por igualdade e cuidados ambientais (Fin4she/Acervo pessoal)

Carolina Cavenaghi
Carolina Cavenaghi

Cofundadora e CEO da Fin4she

Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 12h29.

Última atualização em 13 de dezembro de 2023 às 16h38.

Mais um final de ano e mais um momento nostálgico em que olhamos para trás e fazemos aquele balanço mental (e emocional) do que fizemos, com quem estivemos e como deixamos mais um pouquinho da nossa marca no mundo. Por aqui, foi um ano desafiador que serviu para esclarecer e reafirmar ainda mais o nosso propósito de buscar um mercado de trabalho mais igualitário. 

Fizemos da diversidade e inclusão o nosso pilar

Nos comprometemos fortemente com a diversidade e a inclusão, promovendo esse pilar nas empresas e em cada mulher que de alguma forma teve contato com a nossa comunidade. A edição 2023 do Young Women Summit aconteceu na sede da B3, em São Paulo, e contou com 50% de mulheres pretas na plateia.

Parece algo pequeno, mas eu pude ver o efeito de uma ação como essa quando conversei recentemente com uma das mulheres que estavam no evento e ela me disse que foi naquele momento, vendo tantas mulheres pretas em um evento sobre finanças, que ela percebeu que aquele tema também era para ela, que ela poderia buscar a riqueza e a liberdade financeira.

Este ano, nos esforçamos para mostrar que não basta a empresa criar uma “maquiagem” para se adequar à cobrança social por igualdade e cuidados ambientais. Para avaliar a veracidade das ações das companhias, há dois critérios simples: se não custa tempo e dinheiro, você não é um aliado. Quem não assina o cheque ou não gasta tempo e esforço para mudar a realidade, não faz nenhuma diferença.

Ampliamos o nosso potencial de conectar

A Fin4She nasceu pautada na conexão entre mulheres e passamos esse ano focadas nesse mesmo propósito. Chegamos à marca de 26 mil seguidoras no Instagram, 15 mil cadastros na nossa newsletter e 10 mil mulheres impactadas em todos os nossos eventos. Mas percebemos que além de nos conectar, nós temos um enorme potencial em criar conexões poderosas, que mudam a realidade de muitas mulheres.

Foi nesse sentido — e atendendo a pedidos da nossa comunidade — que criamos o MEP, a nossa mentoria para quem quer se tornar a protagonista da própria carreira. Nossa ideia inicial era criar encontros que funcionassem como espaços seguros para trocas e autoconhecimento, mas nos surpreendemos com o resultado.

As mulheres que participaram criaram um engajamento e conexão únicas. Vimos uma poderosa rede de apoio surgindo na nossa frente. A ideia é que além de criarmos essa rede, possamos nutri-la e fazer uso dela quando necessário.

Quantas vezes você ficou com vergonha de mandar mensagem para alguém pedindo ajuda? O ideal é que isso não aconteça, que as mulheres fiquem à vontade para pedir ajuda quando necessário e também tirem momentos para se disponibilizar a ajudar outras pessoas. Por isso, o MEP será uma das nossas apostas para 2024.

Falamos muito sobre dinheiro

Apesar de termos nos expandido para diversas áreas, a Fin4She nasceu do mercado financeiro e para o mercado financeiro, então não poderíamos ter deixado o dinheiro de fora da conversa. Promovemos a independência financeira feminina como sinônimo de liberdade e incentivamos cada vez mais as mulheres a serem investidoras, independentes e protagonistas da sua própria vida.

Esse foi o lema que levamos na nossa participação na Expert XP e na Anbima Summit, e reforçamos os marcos importantes para consolidar a importância de levar mais mulheres para o mercado financeiro:  educar, trabalhar e investir.

Esse tema é tão importante que foi a minha escolha para participar pela primeira vez do TEDX falando sobre como “Nós, mulheres, precisamos discutir sobre dinheiro”. E foi uma honra ter sido indicada pela Bloomberg Línea Brasil como uma das 50 Mulheres de Impacto da América Latina.

Rompemos as barreiras

Em 2023 nós fomos além e rompemos as fronteiras da Faria Lima, de São Paulo e do presencial.  Com a intenção de incluir o maior número de mulheres possível nas discussões tão ricas que sempre surgem no Women in Finance, a Fin4She organizou a Jornada Online do Women in Finance, além do evento presencial que aconteceu na FAAP e reuniu mais de 700 mulheres.

Tudo isso porque acreditamos que quando as pessoas se conectam verdadeiramente, compartilham histórias e experiências, uma potência econômica e social muito grande é criada.

Por fim, nos estruturamos e nos consolidamos para começar o próximo ano trazendo ainda mais impacto na vida de centenas de mulheres e para continuar, pouco a pouco, ajudando a transformar o mercado de trabalho brasileiro. Vem muita coisa legal por aí. Espero vocês em 2024!

 Carolina Cavenaghi.

Acompanhe tudo sobre:educacao-financeiraMulheresCarolina Cavenaghi

Mais de Invest

Ibovespa cai e dólar sobe após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Receita Federal atualiza declaração de bens para viajante; veja o que muda

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off