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Conheça o mercado de renda variável

Importante sempre lembrar que no processo de construção de riqueza o portfolio deve sempre respeitar o perfil de risco e estar diversificado

Investir em ações requer análise para encontrar as melhores oportunidades | Foto: Amanda Perobelli/Reuters (Amanda Perobelli/Reuters)

Investir em ações requer análise para encontrar as melhores oportunidades | Foto: Amanda Perobelli/Reuters (Amanda Perobelli/Reuters)

Jerson Zanlorenzi*

Jerson Zanlorenzi*

Publicado em 30 de junho de 2021 às 07h00.

No mundo dos investimentos, um dos mais famosos mercados é o de renda variável, ou como é mais conhecido: o mercado de ações. Essa classe de ativos em termos estatísticos ainda é um mercado pequeno no Brasil se comparado com os mercados desenvolvidos, mas que vem apresentando crescimento exponencial em todas as linhas.

Esse avanço é explicado em sua grande maioria por dois fatores: um macroeconômico (cenário de juros baixos no Brasil) e outro tecnológico (maior acesso ao mercado de ações com avanços das plataformas digitais).

Na renda variável, o investidor faz a aplicação e não sabe se vai ter lucro ou prejuízo. Contudo é possível identificar tendências e traçar estratégias que aumentem as chances de ganhos e reduzam as de perdas. Só não se pode garantir que as projeções vão se materializar.

Importante sempre lembrar que no processo de construção de riqueza o portfolio deve sempre respeitar o perfil de risco e estar diversificado. Apesar de as ações terem um potencial de retorno muito mais elevado do que a renda fixa, possuem também maior volatilidade.

Uma dica importante nesse mercado é acompanhar especialistas em análise, conhecidos como área de Research. Esses profissionais dedicam grandes quantidades de horas estudando e projetando os resultados das empresas no setor para buscar as melhores oportunidades. As carteiras recomendadas feitas por esses profissionais podem ser uma excelente oportunidade de investir em ações com acompanhamento profissional.

Investimento Direto em Ações: É a estratégia em que o investidor escolhe as ações nas quais vai investir, compra ele mesmo os papéis e gerencia a sua carteira de ações. Para isso, precisa ser cliente de uma corretora de valores.

A compra direta de ações exige uma postura mais ativa por parte do investidor, uma vez que ele vai precisar estudar para saber quais são os papéis que vai comprar, decidir qual estratégia adotar no mercado de ações e depois monitorar a própria carteira.

Investimento em Fundo de Ações: Essa classe de investimento é adequada quando o investidor deseja se expor ao mercado, porém quer terceirizar a tomada de decisões. A figura do gestor entra na jogada e ele é o responsável por tomar as decisões de alocações, o que reduz significativamente o tempo necessário para análise por parte do investidor.

Possibilidade de investir no mercado internacional

BDR: Sigla para Brazilian Depositary Receipts. Ou seja, “recibos depositários brasileiros”. É uma modalidade de investimento que funciona como certificados de ações. Significa que eles não são os papéis em si, mas estão lastreados neles. Exemplos: Google, Facebook, Amazon.

Na prática, o investidor brasileiro não está adquirindo as ações de uma companhia estrangeira para ter na carteira. Ele tem posse, na verdade, de certificados que representam os papéis. Logo, trata-se de valores mobiliários com lastro em ações internacionais.

Assim, a relação com a companhia estrangeira cabe ao agente depositário. É ele quem recebe, por exemplo, os dividendos que podem ser distribuídos a quem adquiriu os BDRs.

*Jerson Zanlorenzi é o responsável pela mesa de ações e derivativos do BTG Pactual Digital. Já foi estrategista de ações e trabalhou em fundos exclusivos. Com mais de dez anos de experiência no mercado financeiro, se especializou em renda variável e atuou em mesas relevantes no mercado local. Possui dupla graduação em Administração e Ciências Contábeis pelo IBMEC-RJ.

 

 

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