Fábrica da Weg: receita cai (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter
Publicado em 25 de outubro de 2023 às 12h22.
Última atualização em 25 de outubro de 2023 às 19h07.
A queda foi puxada pelo faturamento no mercado internacional, que teve queda trimestral de 4% para R$ 4,248 bilhões. A maior retração de receita ocorreu na Europa, onde a receita da Weg caiu 18,9% frente ao trimestre anterior. O mercado europeu é o segundo mais relevante da Weg no exterior, atrás apenas do da América do Norte.
"Acredito que o conjunto de resultados de hoje confirma nossas expectativas de desaceleração nas receitas no segundo semestre de 2023", escreveram analistas do Goldman Sachs em relatório. O banco tinha recomendação de venda para ação, até poucos meses atrás. Mas ainda que tenha melhorado marginalmente as perspectivas para o papel, o Goldman Sanchs não recomenda a compra.
Incertezas sobre o futuro da companhia diante do cenário macroeconômico desafiador tem deixado parcela significativa do mercado cautelosa em investir na empresa. De 13 analistas que cobrem a empresa, 7 não recomendam a compra do papel. Além do Goldman Sachs, analistas do Itaú BBA estão com recomendação neutra para o ativo.
"É provável que o crescimento da empresa continue desacelerando, suas margens continuem caindo e que seu custo de capital próprio aumente, principalmente devido ao movimento dos títulos do Tesouro americano" escreveram os analistas do Itaú em relatório recente.
Quem mantém a recomendação de compra é o BTG Pactual. Mesmo assim, os analistas do banco reconheceram que foi "fraco" o crescimento entregue pela Weg no terceiro trimestre.
Antes do resultado, as posições vendidas na Weg atingiram o maior patamar do ano, com cerca de 52,6 milhões de ações em regime de aluguel. A posição, considerando a cotação da ação na véspera, equivalia a um montante de R$ 1,85 bilhão.
"A posição vendida em Weg disparou nos últimos dias, sinalizando que o mercado já antecipava números mais fracos", comentaram analistas do BTG em relatório.