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Vale a pena investir em renda variável no exterior?

É possível acessar o mercado americano a partir de US$ 1

Investir na bolsa americana é uma forma de diversificar o portfólio e ter acesso a mais ações. (Matteo Colombo/Getty Images)

Investir na bolsa americana é uma forma de diversificar o portfólio e ter acesso a mais ações. (Matteo Colombo/Getty Images)

EXAME Solutions
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Publicado em 30 de maio de 2024 às 10h00.

Última atualização em 12 de junho de 2024 às 11h48.

Investir em renda variável no exterior pode trazer uma série de vantagens para o investidor brasileiro. E, hoje em dia, é possível fazer isso de forma bastante simples. Basta abrir uma conta, no Brasil, em uma corretora que faça esse tipo de transação financeira e administrar tudo pelo aplicativo, diretamente no celular.

Entre as principais vantagens de investir em renda variável no exterior, podemos citar:

Exposição a moedas fortes

O dólar é uma referência cambial global na economia, e vários países possuem reservas financeiras em dólar. Para quem investe, ter parte do patrimônio em dólar ajuda a proteger a carteira de crises e choques globais, porque boa parte do fluxo de capital corre em direção ao dólar em momentos de estresse.

Diversificação geográfica

Todo país está sujeito a riscos próprios. Quando o Brasil passa por uma crise econômica ou por dificuldades nas contas públicas, o mercado doméstico tende a passar por períodos de volatilidade. Investindo internacionalmente, você mitiga parte desses efeitos e uma parte menos relevante do seu patrimônio fica exposta a eventos específicos do Brasil.

Exposição a mais setores

Além de proteção, essa diversificação também significa uma busca por oportunidades mais variadas. O Brasil representa menos de 1% do mercado de ações e menos de 2% do mercado de dívida globais, segundo o Bank of International Settlements. Mundialmente, há oportunidades em setores pouco representados no nosso mercado, como tecnologia, por exemplo, além da possibilidade de investir nas maiores e mais inovadoras companhias do mundo.

A liquidez do maior mercado do mundo

A bolsa americana é a maior do mundo também em movimentação de dinheiro. Com mais pessoas investindo e mais dinheiro circulando entre os ativos listados, a liquidez aumenta e fica mais fácil encontrar contrapartes para os seus negócios diariamente.

Investir na bolsa americana

Paula Zogbi, da fintech Nomad, plataforma que oferece conta internacional e possibilidade de investir nos Estados Unidos, explica que a principal diferença entre investir em renda variável no exterior e no Brasil está no perfil das companhias.

“Enquanto no Brasil o mercado é dominado principalmente por commodities e bancos, nos Estados Unidos o mercado de tecnologia é o maior, e empresas do mundo inteiro optam por listar suas ações nas bolsas de Nova York”, explica. “Por isso, é mais comum encontrar companhias que estão na vanguarda da inovação por lá.”

Além disso, existem mais opções de ativos nos Estados Unidos. Isso vale para ações – são mais de 8 mil nas bolsas americanas contra cerca de 400 na B3 -, mas também para os ETFs - mais de 2 mil nos Estados Unidos, segundo o site ETFs.com, contra 85 no Brasil, segundo a B3. Os ETFs são fundos de investimento com cotas negociadas na bolsa de valores.

Em relação a como investir em renda variável no exterior, Zogbi explica que, na prática, o processo é bem parecido ao passo-a-passo para investir em ações no Brasil. “A diferença é a necessidade de abrir uma conta em corretora que opere lá fora e fazer uma remessa, convertendo reais em dólares”, diz. “Os dois processos são feitos de maneira simples e rápida por plataformas como a Nomad.”

Cuidados ao investir em renda variável no exterior

Investir no exterior requer os mesmos cuidados que um investidor tem ao investir no Brasil. A dica é começar escolhendo uma instituição confiável e regulada pelos órgãos oficiais, para evitar problemas. Depois, faça o teste para descobrir seu perfil de investidor e não errar na exposição ao risco. Na hora de escolher as empresas, compreenda o momento do setor e do segmento, confira o histórico da companhia e estude o negócio para entender o potencial de retorno futuro, evitando surpresas, aconselha Zogbi.

E se você está pensando que é preciso muito dinheiro para investir no exterior, está enganado. Na Nomad, por exemplo, é possível acessar o mercado de renda variável americano via ETFs a partir de 1 dólar, diz Zogbi. “Então, é possível considerar que a barreira de entrada é muito menor hoje do que já foi um dia”, afirma. “Caso queira selecionar ações para investir, vai depender muito do preço atual do papel.”

Acompanhe tudo sobre:branded-contentInvestir Nomad

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