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Seu dinheiro ainda está no passado?

Mercado de investimentos brasileiro se transformou ao longo dos séculos, mas muita coisa ainda pode ser explorada pelos investidores modernos

Apenas 2% da população investidora citou moeda estrangeira como um dos itens da sua carteira na pesquisa mais recente da Anbima. (Thanasis/Getty Images)

Apenas 2% da população investidora citou moeda estrangeira como um dos itens da sua carteira na pesquisa mais recente da Anbima. (Thanasis/Getty Images)

Publicado em 15 de maio de 2024 às 09h15.

Última atualização em 12 de junho de 2024 às 11h57.

Desde o século XIX existem ferramentas para investir no Brasil. A poupança foi criada em 1861, junto com a Caixa Econômica Federal, por Dom Pedro II, visando uma forma segura de guardar dinheiro. Talvez mais antigo ainda, o investimento em ativos reais (particularmente imóveis) era, então, a alternativa mais considerada buscando retornos mais robustos.

Ainda que as primeiras bolsas de valores brasileiras tenham sido criadas em 1851, no Rio de Janeiro e Salvador, o mercado começou a ser incentivado pelo governo em meados da década de 1960, de forma pouco ordenada, e a bolsa brasileira passa a se consolidar realmente a partir da década de 1990, com a abertura do nosso mercado a investidores estrangeiros e a consequente sofisticação das normas seguidas pelas nossas companhias de capital aberto,

Mesmo assim, foi só ao longo das últimas duas décadas que a variedade dos ativos que hoje estão disponíveis para pequenos investidores passaram a ser uma realidade. Investimentos em títulos públicos foram democratizados via a plataforma Tesouro Direto, e com pequenas quantias hoje é fácil investir em outras modalidades de renda fixa como CDB, LCA, LCI, outros títulos de crédito privado) e renda variável (incluindo as ações). Adicionalmente, observamos o crescimento da indústria de fundos de investimentos com uma ampla gama de combinações de classes de ativos para atender os diversos perfis de risco e disponibilidades de recursos.

Mas se essa evolução demorou mais de um século, o próximo passo da democratização do mercado de investimentos deve acontecer em uma velocidade infinitamente maior. As fronteiras dos mercados globais estavam praticamente fechadas para a maioria da população brasileira até alguns poucos anos atrás. Mas essa realidade mudou drasticamente, e hoje qualquer investidor tem acesso aos principais ativos financeiros negociados nas maiores economias do mundo.

Mas apenas 2% da população investidora citou moeda estrangeira como um dos itens da sua carteira na pesquisa mais recente da Anbima. Sabendo da existência de diversas outras oportunidades de investimento possíveis no exterior, é possível dizer que essas pessoas estão se limitando a conhecer um novo mundo de oportunidades de investimentos já disponível. O dinheiro delas pode estar preso no passado. Vejo pelo menos três grandes motivos principais para acreditar nisso.

Ativos denominados em moeda forte

Em particular, investir no mercado americano apresenta o benefício de mais estabilidade do dólar, a referência global, vista como moeda de reserva de valor por participantes de economias mundiais desde a II Guerra Mundial. Investir de forma dolarizada também pode proteger seu poder de compra, já que a valorização da moeda tem efeito inflacionário no mundo inteiro, inclusive no Brasil.

Diversificação

Os mercados brasileiros, além de possuírem menos opções (são cerca de 400 ações na B3, contra mais de 8 mil na bolsa de Nova York), são mais concentrados em termos de setores de atividades, como bancos e commodities. Investindo no exterior, é possível buscar descorrelação como forma de evitar que eventos econômicos afetem um percentual muito relevante da sua carteira.

Novas possibilidades de retornos

Nos maiores mercados do mundo, existe a possibilidade de acesso a ativos que estão na fronteira de inovação e crescimento da economia global. Tópicos quentes como inteligência artificial ou biotecnologia são menos presentes na economia brasileira, enquanto companhias pioneiras e grandes empresas de tecnologia, como por exemplo algumas das “sete magníficas” - Apple, Amazon, Google, Meta, Nvidia, Tesla e Microsoft são listadas nas bolsas americanas.

Se você já começou a investir no exterior, chegou antes da maioria dos brasileiros ao futuro. Se não começou, ou caso precise de ajuda nessa jornada, a Nomad está aqui para apoiar seus próximos passos de acordo com seu perfil de risco.

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