Segundo a Nomad, para saber quanto juntar de patrimônio, é preciso calcular a renda necessária para viver com esse dinheiro. (Igor Alecsander/Getty Images)
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Publicado em 12 de julho de 2024 às 18h25.
Uma das expressões do mundo dos investimentos é “colocar o dinheiro para trabalhar por você”. Mas isso é possível? Como funciona?
Esta estratégia é conhecida como renda passiva, aquela em que há uma geração de receita independente do trabalho constante. Está atrelado a uma fonte que continuará gerando dinheiro, ou seja, entra no caixa periodicamente sem a necessidade de novos trabalhos (que seria a renda ativa), dispensando a dedicação de tempo ou de esforço contínuo.
Quem não é tão familiarizado com o mercado financeiro pode achar impossível ter uma renda passiva que permita acumular patrimônio ao longo da vida – uma estratégia importante, por exemplo, para quem se pensa no longo prazo. Mas é possível.
Para isso, preparamos uma série de dicas para quem planeja contar com a renda passiva:
As rendas passivas podem ser com ou sem capital.
- Compra ou construção de imóveis para locação.
- Investimento com o objetivo de receber dividendos ou juros recorrentes das aplicações.
- Sem a necessidade de capital, é possível obter uma renda passiva por meio de uma iniciativa empresarial, com a criação de uma marca e a cobrança de royalties para que outras pessoas a explore comercialmente.
O objetivo é ter autonomia e independência financeira e, com o passar do tempo, contar com uma remuneração entrando em conta com frequência.
O que eu receber como freelancer, em um trabalho ocasional, é uma renda passiva?
Não, neste caso se trata de uma renda extra, ou seja, um dinheiro a mais agregado ao orçamento. É um dinheiro que nem sempre estará disponível e pode ter valores variados.
Quais são as melhores opções para quem quer contar com uma renda passiva?
Veja os ativos sugeridos pelos especialistas da Nomad para quem tem com objetivo colocar o dinheiro para trabalhar:
1) Fundos imobiliários (FIIs): estes produtos financeiros distribuem 95% dos lucros por meio do pagamento de dividendos. A lei obriga a distribuição dos ganhos a partir do resultado do semestre;
2) Tesouro Direto: o Tesouro Prefixado é indicado para cenários em que a Selic está alta e com tendência de queda. Já o Tesouro IPCA+ é recomendado em qualquer situação, mas especialmente quando a inflação está alta. Isso porque assegura um ganho real; têm opções de pagamento de juros semestrais. Ambos têm opções de pagamento de juros semestrais;
3) Ações: as empresas de capital aberto distribuem dividendos com uma certa frequência tanto no Brasil quanto no exterior. Assim, vale a pena escolher negócios que façam esse processo em meses diferentes, pensando na estratégia de contar com um rendimento pago regularmente;
4) Real Estate Investment Trusts (REITs): são os fundos imobiliários dos EUA, que também permitem distribuir dividendos aos investidores;
5) Exchange Traded Funds (ETFs): são os fundos de índice, que replicam um indicador do mercado. É possível adquiri-los no Brasil ou no exterior. No entanto, a segunda opção tende a trazer uma rentabilidade mais interessante. Isso porque há mais opções, além de reduzir custos dos intermediários no Brasil.
Segundo a Nomad, para saber quanto juntar de patrimônio, é preciso calcular a renda necessária para viver com esse dinheiro. Cheque quanto você quer receber por mês e a taxa de remuneração do capital, ou seja, o dividend yield. A partir daí, defina seus objetivos, como a idade em que pretende se aposentar e quanto deseja ganhar no futuro – uma renda realista. Por último, faça as contas considerando os juros reais, ou seja, com o desconto da inflação.
Para ter uma ideia do cálculo, a plataforma sugere imaginar que você deseja ter uma renda de R$ 7.000 por mês (R$ 84.000 por ano). Faça uma previsão de rentabilidade para os investimentos. Por exemplo, o retorno será de 7% ao ano. Será preciso dividir a renda anual pelos juros anuais. Nesse caso, o resultado é R$ 1,2 milhão. No entanto, alertam os especialistas da Nomad, deve-se ter em mente que esse cálculo pode sofrer alterações ao longo do tempo devido à taxa de rentabilidade e de inflação.