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Os fundos imobiliários que estão baratos, segundo a Órama

Veja o ranking de 5 fundos dividido por segmento: Lajes Corporativas, Logística, Shoppings, Híbridos, Recebíveis e Fundos de Fundos

Fundos imobiliários: análise quantitativa não deve ser suficiente para escolher aplicação (Getty/Getty Images)

Fundos imobiliários: análise quantitativa não deve ser suficiente para escolher aplicação (Getty/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 16 de setembro de 2022 às 18h36.

Última atualização em 16 de setembro de 2022 às 18h52.

A corretora Órama publicou nesta sexta-feira, 16, um relatório que mostra quais fundos imobiliários estão baratos em cada segmento, de acordo com uma análise quantitativa.

Para chegar na nota de cada FII, o time de analistas da corretora multiplicou o retorno em dividendos (dividend yield) pago aos cotistas nos últimos 12 meses pelo inverso do Preço da cota sobre o Valor Patrimonial do fundo (P/VP), de forma a beneficiar os FIIs que possuem desconto em suas cotas, ou seja, estão mais baratos. Caso o P/VP seja maior que 1, a cota do FII negocia com um prêmio em relação ao valor “justo” da sua carteira. Caso contrário, a cota negocia com um desconto.

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Como exemplo, os analistas citam um FII que tenha um dividend yield de 12 meses de 15% e que negocia com P/VP de 0,90,e realizar a seguinte operação: 15% x (1 / 0,90) x 10 = 1,67.

As notas ao final são multiplicadas por 10, para evitar o uso de números decimais pequenos e facilitar a comparação. Quanto mais alta a nota do FII em comparação aos demais, maior a potencial oportunidade.

A lista de FIIs considerada no relatório passa por um filtro. São elegíveis apenas os fundos com liquidez média diária acima de R$ 300 mil. Essa restrição ajuda a mitigar impactos de distorções de preço e rentabilidade.

Veja abaixo o top 5 do Ranking Quem tá barato? divididos por segmento (Lajes Corporativas, Logística, Shoppings, Híbridos, Recebíveis e Fundos de Fundos):

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A corretora destaca que o material não tem como objetivo recomendar investimentos, mas ser apenas um ranking quantitativo com base nos números dos últimos 12 meses.

Isso porque existem diversos motivos para o mercado negociar as cotas a preços diferentes da patrimonial. Por isso, é importante entender o racional por trás do valor e as perspectivas para cada fundo. A escolha dos investimentos, portanto, passa também por uma análise qualitativa.

Além disso, a escolha de investimento em um FII deve levar em consideração a qualidade dos ativos do fundo, a experiência do time de gestão envolvido no dia a dia do FII e as perspectivas para aquela carteira diante do cenário macroeconômico.

O intuito é apenas ajudar o investidor a filtrar possíveis oportunidades. Atualmente, existem mais de 430 FIIs listados na B3 com valor de mercado de R$ 160,5 bilhões. Em 2017, o mercado de FIIs somava R$ 38,9 bilhões dividido em 156 fundos.

Na visão dos analistas, diante de uma amostra grande muitas vezes o investidor não consegue acompanhar todos os produtos. Neste contexto, o ranking pode trazer nomes antes não avaliados.

É importante destacar que são utilizados na construção do ranking números de períodos passados, o que não representa garantia para o futuro.

Os FIIs são obrigados por lei a distribuir no mínimo 95% dos seus resultados semestrais aos seus cotistas. A grande maioria dos fundos adota a política de distribuição mensal desses valores. Isso é um atrativo para o produto, que tem isenção de Imposto de Renda sobre rendimentos.

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