Percentual de cada tipo de aplicação na carteira muda conforme perfil de risco e também objetivos (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)
Marília Almeida
Publicado em 29 de abril de 2022 às 06h00.
Última atualização em 29 de abril de 2022 às 08h52.
Você tem R$ 10.000 guardado na poupança ou acabou de receber esse valor e busca um rendimento maior, mas não sabe por onde começar? Esse montante limita a alocação a algumas categorias de investimentos e prazos mais curtos, mas já permite ter uma carteira diversificada, segundo explicam especialistas do mercado.
O que deve nortear a criação dessa carteira é o perfil de risco de cada investidor, explica a economista e planejadora financeira Patricia Palomo. "Esse perfil indica como o investidor reage a situações adversas, nas quais os preços dos ativos mudam bastante. Quanto maior a tolerância às variação dos preços, maior a possibilidade de aumentar o percentual de ativos mais voláteis (ou mais arriscados) na carteira."
Veja abaixo indicações de investimentos para compor uma carteira conservadora, moderada e arrojada com R$ 10.000. Essa carteira sugerida irá perseguir objetivos financeiros de curto, médio e de longo prazo.
As sugestões, portanto, pressupõem que o investidor já tenha uma reserva de emergência, que consiste em ter pelo menos seis meses de salário guardado para o caso de gastos imprevistos. Esses recursos devem ser aplicados em investimentos de alta liquidez, como títulos Tesouro Selic ou fundos que aplicam em Tesouro Selic com taxa zero.
O investidor conservador deve optar por uma carteira composta 80% por aplicações de renda fixa e 20% por aplicações de renda variável.
No caso do investidor moderado, 70% da carteira deve ser direcionada para aplicações conservadoras e 30% para aplicações de renda variável.
Por fim, para o investidor arrojado, o percentual a ser alocado em renda fixa é de 60% e, em renda variável, de 40%.
Renato Breia, analista da casa de análise Nord, recomenda, entre aplicações pós-fixadas (voltadas para objetivos de curto prazo e que acompanham a variação de indexadores como a Selic ou o IPCA), investir em CDBs de bancos comerciais com liquidez diária que pagam 100% do CDI, além de fundos DI ou Tesouro Selic Simples.
"Acreditamos que essa classe de ativos ofereça mais rendimento do que outras classes de ativos por causa da Selic alta, que deve permanecer assim pelo menos até o meio do ano que vem."
Já na seara de aplicações pré-fixadas, que devem mirar objetivos de um a dois anos, a indicação é escolher CDBs, LCAs e LCIs emitidas por bancos com bons ratings (notas de crédito) e vencimento em até três anos.