Para Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus, a Oi perdeu atratividade e é hora de substituí-la por outra ação; veja qual (Oi/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2022 às 10h00.
Última atualização em 28 de abril de 2022 às 12h14.
Este conteúdo é patrocinado e apresentado por Empiricus
Está na hora de vender Oi (OIBR3). É nisso em que acredita Felipe Miranda, co-CEO da maior casa de análise financeira independente do Brasil, a Empiricus. Ele comunicou a decisão no dia 6 de abril, quando publicou um relatório detalhado na carteira de ações comandada por ele, chamada “Oportunidades de Uma Vida”.
Mas se você já conhece o trabalho do economista, pode estar achando essa decisão contraditória. Afinal, não foi ele quem acreditou na recuperação da Oi e indicou lá em 2019 as ações da telecom?
De fato, Miranda foi um dos que apostou nas ações da Oi quando a companhia esboçou sinais de recuperação. Com a venda de ativos e a desalavancagem financeira, ela havia retomado a atenção de analistas do mercado e investidores. No entanto, uma coisa mudou.
Quando a recomendação de compra acima foi feita, em 14 de agosto de 2019, o contexto macroeconômico era outro. Na época, a taxa Selic estava em 5,9% ao ano, com perspectiva de queda ainda maior para os juros.
O mercado como um todo estava disposto a investir em ativos com fluxos de caixa estendidos. Nos meses seguintes, de fato, a Selic caiu ainda mais, para 2% ao ano, no início de 2021. Nesse contexto, o dinheiro rendia pouco no presente e fazia sentido apostar em empresas que poderiam despontar no futuro.
Em outras palavras, os investidores aceitavam comprar ações que não davam lucros no presente, como é o caso da Oi e também de inúmeras empresas de tecnologia no mundo todo, pagando um pouco mais caro quando o juro era baixo. Afinal, era preciso tomar risco para obter retornos mais arrojados em um cenário onde nem mesmo a renda fixa entregava boa rentabilidade.
O analista deixou claro no seu relatório que ainda vê potencial para as ações da telecom. O que mudou é que, diante do novo cenário de mercado, ele prefere apostar em ações com um outro perfil. “Haverá um momento melhor de combinação risco-retorno para voltarmos para a Oi. Por ora, ficamos mais confortáveis com uma carteira resiliente e encorpada”, explica Miranda.
É por isso que eu sugiro que você entenda o que está acontecendo com a Oi e com o mercado financeiro neste momento antes de sair vendendo. Afinal, o analista está fazendo uma realocação de carteira que pode ser interessante para o seu portfólio (falarei mais sobre isso adiante).
Antes de qualquer coisa, deixe-me te explicar o que está por trás da “virada de mão” da carteira de Miranda.
Estamos vivendo uma nova ordem mundial no mercado financeiro. Se nos últimos anos o contexto era de juros muito baixos e inflação praticamente inexistente, agora estamos em um período completamente oposto: há um mundo de juros mais altos e inflação preocupante.
Para que você entenda o cenário, em um intervalo de 2 anos a Selic saltou de 2% para 11,75% ao ano. E, segundo sinalização do Copom, a taxa básica de juros ainda pode alcançar 12,75% até o fim de 2022. Além disso, a inflação está decolando no Brasil e no mundo. O IPCA acumula uma alta de 11,3% em 12 meses até março.
Ao redor do mundo, a dinâmica de juros e de inflação tem sido a mesma. A saída dos bancos centrais para conter os preços é aumentar as taxas de juros. No caso dos Estados Unidos, essa é uma mudança macroeconômica brutal. “Aquela farra de dinheiro barato financiando empresas com promessas de lucros abundantes no futuro e nenhum resultado no presente já era”, diz Miranda.
As implicações desse movimento são significativas. Neste novo cenário de juros mais altos, todas as empresas de “growth” (em crescimento), isto é, que não são lucrativas agora, mas que têm a promessa de entregar lucros exponenciais no futuro, passam a ser preteridas em favor dos casos de “value” (empresas de valor, com múltiplos baixos e que geram caixa no presente).
Na prática, isso significa que especialistas do mercado financeiro e investidores estão fugindo de empresas de tecnologia ou em recuperação, como é o caso da Oi, que têm fluxos de caixa incertos, e migrando para ações de empresas mais sólidas, com caixa robusto e resilientes.
“Embora vejamos grande potencial de valorização nos papéis da Oi, esse ainda é um nome de alto risco, um turnaround complexo e uma empresa bastante endividada, que sofre com a alta dos juros” - Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus
Para Miranda, diante do cenário atual, não faz sentido deixar de investir em empresas como Vale e Petrobras, por exemplo, que são resilientes e estão extremamente baratas, para comprar ações de companhias que estão caras agora e não têm perspectiva de valorização no curto e médio prazo.
É por isso que o analista tomou a decisão de desmontar posição nos papéis da Oi nesse momento, mesmo entendendo que eles ainda contam com grande potencial de valorização no futuro.
“Nos parece fazer sentido essa migração tática em direção a nomes de valor clássico”. E essa decisão se faz ainda mais importante em um contexto em que o Brasil tem uma das poucas bolsas de valores no mundo que está performando positivamente.
Para Miranda, esse é um prato cheio para comprar ações de empresas de valor. Pois, pela primeira vez em muitos anos, há uma convergência de fatores em favor do nosso país. E parece que os investidores estrangeiros já se deram conta disso.
Enquanto o investidor brasileiro está deslumbrado com os títulos de renda fixa na casa dos 2 dígitos, há um importante fenômeno acontecendo no mercado de ações. Acontece que, neste momento, o Brasil é o único país relevante do mundo a entregar performance positiva na bolsa de valores. Veja o gráfico abaixo que traz o retorno em dólar de algumas bolsas globais:
Fonte: TradingView
De acordo com levantamento do G1, o país está em primeiro lugar no ranking de melhor desempenho do mundo neste ano entre as bolsas de países emergentes. Para você ter uma ideia, nos primeiros três meses do ano, o Ibovespa (principal índice de referência da bolsa brasileira) avançou mais de 32% em dólares até o dia 31 de março.
E mesmo em comparação com países desenvolvidos, o Brasil ainda sai na frente. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq estavam em queda. O mesmo aconteceu na Europa, onde o DAX (índice de referência da bolsa alemã) caiu. Enquanto que na Inglaterra, a bolsa ficou no zero a zero.
O motivo é que enquanto o mercado de capitais estrangeiro ainda sofre os impactos da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil desfruta de diversas vantagens:
E tudo isso leva a um otimismo especial com empresas de nomes de valor, capazes de atrair fluxo estrangeiro e se beneficiar do juro alto. Na verdade, isso já está acontecendo. Como prova, houve um saldo positivo de mais de R$ 60 bilhões de capital estrangeiro entrando na bolsa brasileira.
Em outras palavras, os gringos estão aproveitando que a bolsa brasileira ainda está mal precificada para comprar ações de boas empresas a “preço de banana”. Para Miranda, é isso o que o investidor brasileiro também deveria estar fazendo agora.
Veja bem: não estou dizendo que é errado investir em renda fixa aproveitando a alta da Selic, afinal, ela é realmente atrativa acima de 11% ao ano. Mas o ponto é que você pode estar deixando dinheiro na mesa se não aproveitar o cenário macroeconômico para se posicionar em ações brasileiras.
Por enquanto, você ainda está dentro do timing ideal para comprá-las, mas isso pode não durar muito tempo. Felipe Miranda já tomou uma atitude para aproveitar o novo cenário: desmontou posição dos papéis da Oi para entrar nas ações de um “bancão”.
O analista decidiu vender OIBR3 para comprar papéis de um banco tradicional brasileiro que, na visão dele, está barato agora e tende a ser beneficiado pela alta da Selic. “A inclusão desse banco à carteira complementa muito bem nossa tese de retorno ao clássico e rentável, em um mundo pós-hipervalorização de promessas techs, nem sempre tão rentáveis assim ao acionista”, afirma.
Se você tiver interesse em conhecer a ação que Miranda está recomendando, bem como investir ao lado de alguém que, ao longo de quase 7 anos, já acumulou cerca de 400% de lucro com ações - mesmo em anos de pandemia - o analista tem uma proposta para fazer.
Neste documento gratuito, Miranda compartilhou com os investidores detalhes sobre o porquê decidiu retirar as ações OIBR3 da carteira de “Oportunidades de Uma Vida” para incluir as ações de um banco tradicional no lugar.
Para acessar o documento, basta inserir o seu e-mail aqui e fazer o download. Não se preocupe, pois nenhum centavo sequer será cobrado para que você possa conhecer a nova recomendação do analista.
Mas pode ser que você esteja se questionando: “afinal, quem entregaria uma indicação da carteira assim, sem mais nem menos?” Bom, o motivo é simples. Está no DNA da Empiricus sair na frente do restante do mercado e recomendar que acionistas se antecipem a certos movimentos.
Isso já aconteceu outras vezes e, para Miranda, essa é uma oportunidade para que a casa de análise independente prove mais uma vez o seu valor. Foi assim que a carteira dele pôde multiplicar o capital de investidores por, em média, 5 vezes, desde a sua criação, em setembro de 2015, até agora.
E, além de tudo, superou rigorosamente todos os índices de referência do mercado, mesmo considerando as quedas da pandemia e, mais recentemente, com a guerra:
Fonte: Empiricus/Bloomberg
Se ficou interessado no trabalho do analista e está curioso para saber qual a ação que Miranda colocou no lugar da Oi diante do cenário macroeconômico, recomendo clique no botão abaixo que dê uma “espiadinha” no documento gratuito:
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