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Os melhores e os piores investimentos de outubro

Ativos atrelados à Selic foram o destaque do mês após seis aumentos consecutivos da taxa de juros

 (primeimages/Getty Images)

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Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 29 de outubro de 2021 às 19h30.

Última atualização em 29 de outubro de 2021 às 20h02.

O Tesouro Selic liderou o ranking dos melhores investimentos em outubro na renda fixa, com rentabilidade de 0,60%. O investimento continuou em destaque por conta do sexto aumento consecutivo da taxa básica de juros. Quando a Selic aumenta, os titulos que acompanham esse movimento rendem mais.

A poupança, que também é indexada à Selic, vem rendendo mais com a alta da taxa básica de juros. Mas, diferente do Tesouro Selic, que rende 100% da taxa básica de juros, a caderneta rende 70% enquanto a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Caso a taxa ultrapasse esse valor, a caderneta passa a render 0,5% ao mês mais a TR, que está no momento zerada

Melhores investimentos em renda fixa: outubro/2021

InvestimentoDesempenho em outubro (em %)Desempenho em 12  meses (em %)
Tesouro Selic 20250,63,62
Tesouro prefixado 20230,543,59
Fundos de renda fixa - duração baixa - grau de investimento0,463,74
Poupança0,352,27
Fundos de renda fixa - duração alta - grau de investimento0,2812,12
Tesouro IPCA+2024-1,932,38
Tesouro prefixado 2025-4,65-8,31
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035-5,78-1,79
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045-7,50-2,75
Tesouro IPCA+ 2035-8,34-5,52
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050-8,62-4,98
Tesouro IPCA+ 2045-15,03-18,23

Referência

ÍndiceDesempenho em setembro (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
CDI0,493,3

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 29 de outubro, dado mais atual disponível na Anbima.
*O desempenho mensal dos títulos e da poupança se refere aos últimos 30 dias até 28 de outubro

Muitos títulos do Tesouro registraram perdas no mês. Segundo Juliana Machado, analista do BTG Pactual Digital, isso acontece por conta do efeito da marcação a mercado. "Não apenas produtos prefixados, mas títulos indexados à inflação têm uma parcela prefixada no prêmio pago. Quando o prêmio exigido pelos investidores sobem a partir do aumento da Selic, os preços de ambos os títulos na carteira caem".

O pior investimento na renda fixa no mês foi a aplicação no Tesouro IPCA+ 2045, com queda de 15,03%. Quanto mais longo o vencimento do título, maior o risco e, portanto, o impacto dessa perda. É por conta disso que títulos indexados à inflação a partir de 2035 ocupam os últimos lugares do ranking.

Renda variável

Entre os investimentos de renda variável (fundos de ações e multimercados) todos tiveram desempenho negativo, refletindo o aumento de risco do mercado, com expectativa mais alta para inflação, a Selic e também uma maior volatilidade esperada no período das eleições de 2022, analisa Machado. 

As aplicações que desvalorizaram menos foram fundos multimercado que investem no exterior e os do tipo Livre, que tiveram queda de 0,42% e 0,86%, respectivamente. "Esses fundos sofrem menos porque investem parte do seu portfólio lá fora e em outros ativos, como moedas. A preocupação com a inflação e crescimento da economia também acontece lá fora, mas de forma menos severa que no Brasil".

Já o pior desempenho foi do fundo de ações Valor/Crescimento, que caiu 8,53%. Os fundos que investem em papéis da bolsa refletem o desempenho ruim do Ibovespa, que encerrou o mês em queda de 6,74%. 

Melhores investimentos em renda variável: outubro/2021

InvestimentoDesempenho em outubro (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
Fundo multimercado investimento no exterior-0,427,58
Fundo Multimercado livre-0,865,26
Fundo de ações investimento no exterior-3,2813,12
Fundos de ações livre-5,543,12
Fundo de ações índice ativo-6,360,95
Fundo de ações valor/crescimento-8,53-2,53

Referência

ÍndiceDesempenho em outubro (em %)Desempenho em 12 meses (em %)
Ibovespa-6,7410,84

A rentabilidade dos fundos vai até o dia 29 de outubro, dado mais atual disponível na Anbima.

O que ponderar ao investir

Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar o imposto de renda (IR) e taxas cobradas por fundos, gestoras e corretoras.

Nas aplicações em fundos de ações, há cobrança de IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de IR.

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