Contratos futuros de ouro estreiam na B3 em 21 de julho (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 9 de julho de 2025 às 14h33.
Última atualização em 9 de julho de 2025 às 14h35.
A B3 (B3SA3) informou que passará a negociar, a partir de 21 de julho, o Contrato Futuro de Ouro com ticker GLD. Com tamanho de 1 onça troy (cerca de 32 gramas), o novo derivativo será menor que os contratos mini-índice e minidólar atualmente oferecidos pela bolsa, o que amplia o alcance do produto.
Segundo a B3, o produto foi desenvolvido para ampliar o acesso ao mercado de ouro em "um ambiente regulado, transparente e seguro". A liquidação será exclusivamente financeira (não tem ouro físico envolvido) e terá como referência o índice internacional LBMA Gold Price, que define o preço global do metal.
A estrutura do contrato expõe o investidor à variação do preço do ouro entre a data de negociação e o vencimento, com uma dinâmica semelhante a um swap. A B3 destaca que o produto oferece ajuste diário, negociação eletrônica e visibilidade em tela, características do mercado futuro.
A B3 afirma que o novo produto é inspirado no sucesso dos minicontratos já negociados na bolsa. A proposta é oferecer uma alternativa local para o investidor que deseja acessar o mercado de ouro sem depender de estruturas internacionais ou ambientes não regulados.
Embora tenha como público-alvo o investidor de varejo, a B3 ressalta que o contrato também pode atender investidores institucionais, como gestoras de fundos, que passam a ter uma opção mais eficiente de negociação no ambiente doméstico.
O contrato futuro de ouro segue os padrões internacionais de negociação, o que pode favorecer operações de arbitragem com a participação de clientes estrangeiros, segundo a bolsa. A B3 também aponta que o instrumento pode, no longo prazo, servir como ferramenta de hedge para empresas do setor de mineração.
Com o novo derivativo, a B3 reforça sua estratégia de democratizar o acesso a instrumentos financeiros sofisticados. A instituição considera o lançamento um passo importante nessa direção.
O novo contrato passa a integrar o segmento de mercado futuro, que permite a negociação de ativos com liquidação em data futura. De acordo com a B3, esses contratos podem ser utilizados tanto para proteção contra oscilações de preços (hedge) quanto para estratégias de curto prazo com foco em rentabilidade.