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Ficou caro? BTG retira Embraer de carteira recomendada após alta de 50% no ano

Analistas incluem ação da Suzano, mas ainda veem potencial de alta significativo para a fabricante de aeronaves

Avião da Embraer: ação acumula alta de 50% no ano (Germano Lüders/Exame)

Avião da Embraer: ação acumula alta de 50% no ano (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 2 de maio de 2024 às 12h09.

Última atualização em 2 de maio de 2024 às 14h44.

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O BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame) retirou as ações da Embraer (EMBR3) de sua carteira mensal de ações recomendadas. A justificativa dos analistas para a saída da fabricante de aeronaves foi a valorização do papel, que acumulou quase 50% de alta nos quatro primeiros meses do ano.

"Ainda gostamos da Embraer e reconhecemos o forte momento de lucros da empresa, mas as ações subiram quase 50% no acumulado do ano e 72% nos últimos 12 meses", afirmam os analistas.

Apesar da forte apreciação dos papéis, o banco vê espaço para a companhia continuar subindo nos próximos meses. Pela projeção da casa, o preço justo da ação seria de R$ 42, 26% acima da cotação do último fechamento.

"As entregas melhores do que o esperado da Embraer demonstram um cenário favorável para o segmento de aviação executiva, que está se beneficiando de um ambiente de forte demanda. O sólido backlog também sustenta o momento de resultados de curto prazo favorável da empresa", diz o BTG.

Para o banco, o atual nível de preço da ação (perto de 8 vezes EV/EBITDA) precifica uma recuperação gradual na aviação comercial e um desempenho estável na executiva, o que explica o desconto em relação aos pares globais, de 11 a 12 vezes EV/EBITDA. Mas segundo os analistas, o negócio do eVTOL, a campanha do modelo C-390 Millennium e o processo de arbitragem com a Boeing justificam o viés mais positivo com o papel.

Sai Embraer, entra Suzano

Para o curtíssimo prazo, no entanto, o BTG preferiu substituir Embraer por Suzano (SUZB3) em sua carteira recomendada. Segundo os analistas, a companhia de papel e celulose deverá se beneficiar do começo da operação do projeto Cerrado, previsto para meados deste ano. A entrada em operação, afirmam, deverá ajudar na geração de caixa e desalavancagem. O banco também ressalta que a Suzano tem exposição cambial, o que ajudaria a manter o equilíbrio no portfólio.

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